Mostrando postagens com marcador Midway. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Midway. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 16 de junho de 2015

As LITTLE EGYPT de SOL BLOOM


Sol Bloom, diretor de entretenimento para a Feira (e mais tarde um congressista para Nova York) tinha o maior sorriso de todos, com muitos espectadores entrando com muito dinheiro para ver mais de perto. 

Sol Bloom tinha apenas 23 anos quando conseguiu organizar seu evento de atrações orientais. Descendente de judeus, colocou um monte de nações "exóticas" num balaio de gato, deu um roupagem vendável e fez uma fortuna. 

Tornou-se deputado e manteve-se na politica de 1922 a 1949, quando morreu.

Bloom era muito empreendedor, gritava "ballyhoo" e atraia multidões com introduções e discursos para as pessoas verem o shimmy e os tremidos


Conhecido por alguns como o "Music Man" ele alegou ter improvisado uma melodia no piano em uma coletiva de imprensa em 1893 para introduzir Little Egypt (nome artístico adotado por Fátima). 


Era a canção mais associada com "danse du ventre" (literalmente dança do ventre), assim chamado pelos homens de Napoleão depois de ver este entretenimento estranho no Egito após a invasão. 


Bloom nunca se preocupou os os direitos autorais sobre sua composição, que ele deve ter copiado dos músicos do norte da Africa ou dos europeu orientalistas, música que mais tarde inspirou muitas variações, com vários títulos diferentes: the Vaudeville, Hoochy Koochy, Hoolah! Hoolah!, Kutchi Kutchi, dança de Midway, Coochi-Coochi Polka, Nas Ruas o do Cairo, Kutchy Kutchy e, provavelmente o mais famoso de todos, a música Encantador de Serpentes




Ele também alegou ter cunhado a termo "dança do ventre", mas isso pode ter sido auto promoção desse singular feirante. 
A palavra "coochi" foi derivada do francês "couché", passado de "coucher" que em inglês significa "lay down (deitar)", cujo significado na linguagem popular americana remete a sexo


Como se sabe hoje, muitas dançarinas (em torno de 100) dançaram na exposição de “Ruas do Cairo”, sendo algumas delas podem ter sido a “Little Egypt” em algum momento durante o evento. No entanto, é provável que a melhor dançarina foi se sobressaindo em relação às demais e está foi Farida Mazar Spyropoulos.

Também estamos cientes de que o Sr. Bloom contratou um monte de garotas de um show anterior que ele viu antes da Exposição de Chicago. Além disso, após o sucesso de “As Ruas do Cairo”, outros promotores rapidamente criaram suas próprias versões de Little Egypt, o que aumentou ainda mais as dançarinas chamadas de little egypt. Estas, por sua vez, foram outros locais, diferentes cidades, estados, países... 

O estilo Little Egypt passou a ser chamado de “Belly Dance” e o fogo se espalhou, consumindo tudo e arrebatando todas as mulheres que toca, como você, que chegou até o final desse texto, bem sabe! 


Curiosidades 

Onde as Little Egypts aprenderam a dança do ventre
- Elas foram realmente as primeiras? Bem, a Farida era síria e portando deve ter aprendido em casa. Mas e a Wabe, que era canadense? E a Djamile

- E porque usar esse nome, "Fatima"?

São perguntas que não temos respostas, porém podemos inferir. 


quinta-feira, 11 de junho de 2015

LITTLE EGYPT - FARIDA MAZAR

Farida Mazar - Foi no palco da Midway que artistas do lado de fora faziam suas performances, na esperança de atrair clientes para a magia estrangeira, e exóticos tesouros os aguardavam do lado de dentro. 

Uma destas artistas era Farida Mazar Spyropoulos, vista no filme aqui, que era membro do “As Dançarinas Argelinas de Marrocos”. 

Com homens de turbantes tocando estranhos instrumentos, ela e outras meninas, dançavam uma dança tradicional, chamada Raks Sharki, uma dança tradicional, não era tão tradicional assim, para uma cultura acostumada com valsas formais e decoro. 

Apesar de haver um número de dançarinas que estavam geralmente presente para entreter e seduzir, foi Fátima (como preferia ser chamada) quem chamou mais atenção. Era a beleza feminina, mostrando seus braços nus, girando de forma provocante e provavelmente rindo sobre isso. 

As mulheres ficaram chocadas, dando suspiros de desânimo vitoriano, os homens também ficaram chocados dando a máxima atenção e provavelmente sorrindo também. 


Farida era síria, esposa de um dono de restaurante de Chicago e empresário de sobrenome Spyropoulos, que era nativo da Grécia. Foi anunciada com Fatima, mas por causa do seu pequeno tamanho, passou a ser chamada de Little Egypt, como um apelido nos bastidores. 

Farida popularizou a forma de dança que veio a ser conhecida como Hoochee-Coochee, ou Shimmy & Shake


Naquela época a palavra bellydance ainda não tinha entrado no vocabulário americano, como Spyropoulos foi a primeira nos Estados Unidos a demonstrar a “danse du ventre” (literalmente dança do ventre) a dança passou a ser chama de Hoochee-Coochee

Hoje a expressão hootchy-kootchy geralmente significa uma dança erótica e sugestiva e é muitas vezes erroneamente confundida com o grupo de danças originárias do Oriente Médio que hoje chamamos de dança do ventre. Devido ao grande sucesso e ao grande numero de imitadoras, dança passou a ser chamada de Little Egypt, confundindo dança e dançarina. 


Farida começou a viajar pelo circuito das artes e em 1897 estava dançando na Broadway. 

Com a avançada idade de 62, Spyropoulos dançou como Little Egypt na Feira de 1933Century of Progres” em Chicago. 

Antes de sua morte, ela tinha abriu um processo contra Metro-Goldwyn-Mayer, pelo uso indevido de seu nome, no filme O Grande Ziegfeld, alegando que os produtores do filme não pediram o seu consentimento.

Muitos anos mais tarde, muitas pessoas passaram afirmar ser a famosa Little Egypt, tentando ganhar dinheiro com sua fama, mas eles não eram, e hoje, a maioria concorda que era Farida. Algumas foram tão longe ao ponto de afirmar que eram suas filhas ou netas ainda que Farida nunca tenha tido filhos. 
Visite e curta: Nossa Tribo & Nossa Dança