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terça-feira, 29 de setembro de 2015

BAILARINA - Hellen Labrinos Vlattas


Advogada, membro do Conselho Internacional de Dança CID UNESCO e amante da dança OrientalTribal Brasil e Tribal Fusion. Iniciou seus estudos em dança do ventre em 2007 até 2009 com a primeira professora de Oriental da Paraíba a bailarina e coreógrafa Alecsandra Matias, participando do grupo por ela criado Warda Harém. Em 2011 reiniciou os estudos em dança Oriental no Teatro Santa Roza e no Studio Lunay, sob a coordenação de Kilma Farias, professora, bailarina, coreógrafa.

Em junho de 2012 mudou-se para Grécia e continuou o curso no Artistic Studio ORIENTAL EXPRESSION Oriental sobe a coordenação de Anna Dimitratou no mesmo ano entrou nas classes de Tribal Fusion com a professora Erifily Nikolakopoulou e Tribal Ético com a professora Christina Markopoulou.

No fim do mesmo ano fez seu primeiro solo de Tribal Brasil na Europa. No ano de 2013, participou dos 10 anos da Cia Lunay, aproveitando a oportunidade para fazer Workshop de Tribal Brasil, Combos de Tribal Brasil com Fabiana Rodrigues e 10 movimentos de Tribal Brasil com Jaqueline Lima.

Retornando a Grécia, ministrou aulas no Lar Brasileiro de Oriental e introdução ao Tribal Brasil. Participou do primeiro projeto coletivo de Videodança e Tribal realizado no Brasil, sob a coordenação da idealizadora, bailarina e coreógrafa e professora de artes Mariáh Voltaire. Com imagens realizadas no Egito e na Grécia. Participando de vários festivais e seminários.

A DANÇA COMO INSTRUMENTO DE SOCIALIZAÇÃO.

Ao chegar em lugar pela primeira vez, a sensação de plenitude, acontece sempre com aqueles que amam viajar. As belezas culturais, a diversidade, o paradoxo com o país de origem, são sempre efeitos encantadores e viciantes. Porém, quando se viaja sem o bilhete de volta, além de todas as sensações citadas acima, existe a necessidade de interação com o meio social.

É quando nossa profissão de anos de estudos não pode ser excedida no primeiro momento, bate um certo vazio, e as perguntas começam a nos invadir, sempre nos questionando o fato de ter feito uma viagem sem volta. E nesse momento que muitas de nós, descobrem outros talentos, ou transforma o conhecido hobby (palavra inglesa utilizada para atividades que despendem tempo com o objetivo de relaxamento e prazer do praticante sem que tenha fins lucrativos), em trabalho ou meio de integração social.

Surgindo a vontade de continuar o hobby é que começamos uma nova forma de viver a realidade no exterior. E assim, tantas brasileiras abrem suas pequenas empresas, artesanais ou de produtos brasileiros, outras trabalham com a dança, principalmente com o samba, um dos mais famosos ritmos brasileiros.  Assim sendo, o coração foi tocado pelo sentimento profundo de afastar-se do ambiente inteiramente familiar para novas relações de amizades e trocas culturais.

Quando o sorriso vale mais que mil palavras. Segundo Patrícia Lopes Dantas (2015):
       “A dança, arte de movimentar o corpo em certo ritmo, é uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e da música. Enquanto arte, a dança se expressa por meio dos signos de movimento, com ou sem ligação musical, para um determinado público.

Voltando a frequentar as aulas de dança Oriental, ou Dança do Ventre como é chamado no Brasil. E sem saber uma palavra em grego, porém, sabendo dos movimentos em relação a dança, a única função na sala de aula era sorrir, e dizer em grego que não falava grego. Três vezes por semana entrava “muda e saia calada” mas, com a coreografia na ponta dos pés.  

Mesmo assim, as novas companheiras sempre foram gentis e compreensivas. Mergulhando de cabeça na dança oriental e experimento outras danças éticas, participando de vários eventos, e tendo a honra de pisar pela primeira vez em um palco grego, o teatro Dora Stratou.

Quando bate a saudade de casa.

Quem mora longe sabe, o quanto ficamos bem mais patriotas, além da saudade de casa, da família, dos amigos, da música, da dança e dos sabores típicos.  Fazendo surgir fusões de ventre e samba, estudos de Tribal Brasil Bellydance. Dançar ao som, de Luiz Gonzaga, João Cassiano, Forró In The Dark, utilizar da capoeira, e de momentos afro-brasileiros, além de outras danças folclóricas, tornam a vida muito mais fácil.  Mostrar algo diverso e tão enraizado em na alma, faz esplandecer toda ternura que de certa forma encobre a saudade.

Os figurinos floridos ou coloridos, as flores no cabelo, o sorriso no rosto, a imensa alegria, são carteiristas que todas os outros países nos atribuem, todos em algum momento já se deparam com explanação: “os brasileiros são pessoas alegres”. Enfim, promover a cultura do país de origem pela arte, também é diminuir a saudade carregada no peito. 

Aqui sue blog pessoal: http://www.elenisymban.eu/

terça-feira, 22 de setembro de 2015

ENTREVISTAS - BIA VASCONCELOS

Entrevista concedida ao jornal Tribuna Feirense em março de 2014.
Texto completo - aqui.

Há quanto tempo a dança faz parte de sua vida e como descobriu a dança tribal? Iniciei meus estudos em dança em 1997 com aulas regulares de Balé Clássico pelo método da Royal Academy of Dancing na Escola de Dança Elisângela Gomes em Feira de Santana. Sempre fui uma criança e adolescente ativa. Também participava de peças na escola e seguia com o Ballet Clássico, importante para me dar as noções fundamentais e os princípios norteadores da dança. 

Ao entrar na faculdade de Direito (formei em 2007 na Universidade Estadual de Santa Cruz em Ilhéus), dei uma pausa para aprofundar meus estudos acadêmicos. No entanto, não consegui ficar muito tempo longe e dessa vez comecei a treinar a Dança do Ventre por sugestão de meu namorado na época.Me apaixonei pela dança oriental e em pouquíssimo tempo tive a oportunidade de monitorar as aulas de minhas professoras, Soraya Loureiro (PE), Kátia Jade (BA) e Rosane Araújo (BA). A experiência do clássico facilitou bastante a assimilação dos movimentos e da técnica oriental. Naquele momento soube que seguiria lecionando e investi, de fato, numa carreira profissional.
Estudando e pesquisando bastante a dança do ventre, descobri um estilo até então recente no mundo inteiro: o “American Tribal Style’’ e ‘Tribal Fusion Bellydance’’. Naquela época não existiam professoras deste estilo na minha cidade e tão pouco em outros estados do Brasil, com raríssimas exceções.Parti então para um estudo autoditada mesmo, porém com bastante disciplina. Comprava DVDs internacionais de aula (já que não havia material produzido no Brasil até então) e treinava todos os dias. Só em 2007 fiz meu 1º workshop presencialmente com uma professora de tribal, a Bela Saffe, em Salvador/ BA.  Felizmente, o início de minha trajetória no Tribal coincidiu com o período de crescimento do estilo no País. Este crescimento e procura acentuados oportunizou a vinda das bailarinas estrangeiras, precursoras da modalidade. Investi nas aulas e pelo País afora fiz workshops com inúmeras bailarinas nacionais e estrangeiras, dentre elas a Samantha Emmanuel (UK), Anasma (FR), Sharon Kihara, Mardi Love, Kami Liddle, Mira Betz, Lady Fred e Rachel Brice (EUA), dentre outras.
Como você define a dança tribal? O Tribal é um estilo que foi desenvolvido e sistematizado nos Estados Unidos no final dos anos 80 e que utiliza a dança do ventre como base estrutural, mas mescla outros gêneros como a dança indiana, flamenca e folclóricas de várias ''tribos'' do mundo. Há 2 vertentes principais: o  ATS (American Tribal Style) e o Tribal Fusion. O primeiro, desenvolvido pela bailarina Carolena Nericcio em São Francisco/CA, caracteriza-se pela improvisação coordenada de gestos, um repertório comum firmemente estabelecido e dogmatizado, trajes folclóricos ricamente adornados, músicas folclóricas e uma postura altiva, típica do flamenco. Já o Tribal Fusion é, como a tradução sugere, uma fusão do ATS (necessariamente) com alguma outra influência que vai da dança contemporânea, break dance até a dança dos Balkans (leste europeu) e Vaudeville. Como se pode notar, o Tribal Fusion acrescentou um leque de possibilidades ao estilo original e trouxe consigo a simplificação dos trajes, o uso de coreografias e a utilização de músicas ocidentais modernas.

Existe alguma ligação do Tribal com as danças folclóricas aqui no Brasil? O Tribal permite a  fusão do ATS com elementos de danças étnicas de várias partes do mundo, dentre elas as danças populares brasileiras. Desta forma, vários grupos passaram a fusionar o tribal com danças folclóricas nacionais, surgindo então o Tribal Brasil. Elementos das principais danças regionais do país são utilizados para compor a modalidade, dando uma nova roupagem e enriquecendo o estilo que é desenvolvido aqui.

Você é a pioneira desse estilo em Feira. Como tem sido a aceitação? Comecei a ministrar a dança tribal em 2008, até então inexistente na cidade, no meu próprio espaço de danças. O trabalho que fui realizando gerou o interesse por um número cada vez maior de alunos o que oportunizou a migração das minhas aulas para o Centro Universitário de Cultura e Arte da UEFS em 2009.Desde então as oficinas de tribal funcionam com as turmas sempre cheias e a Instituição se tornou a principal referência no que concerne as aulas de tribal em Feira. O CUCA também é o principal parceiro e realiza junto comigo o Oriental Fair: Festival de Dança Bahia/ Brasil que movimenta há 4 anos o cenário da dança tribal da região. Também passei a ministrar as oficinas de Tribal em outro importante Centro Cultural, o Maestro Miro, que oferece as aulas gratuitamente para toda a cidade ampliando ainda mais o acesso de público ao estilo que ministro.

Desta forma, a aceitação tem sido super positiva uma vez que as aulas estão sempre cheias e foi possível realizar desde 2011 o Festival Oriental Fair que se solidificou a ponto de fazer parte do calendário oficial dos eventos mais importantes do País, trazendo bailarinos de todos os estados que além de ministrarem cursos, se apresentam no Show Oficial que é gratuito para toda a comunidade.

O Oriental Fair é um evento que têm ganhado bastante repercussão. A que você deve este sucesso? O sucesso do Oriental Fair só é possível porque temos uma equipe comprometida com o evento durante todo o ano. O elenco do evento é formado pelas alunas dedicadas dos espaços culturais onde ministro aulas e de convidados vindos de fora. Durante essas 3 edições do evento já passaram por Feira de Santana bailarinos profissionais da Paraíba, Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal além de todo interior do estado da Bahia e capital havendo um grande intercâmbio e troca de informações entre todos os envolvidos. Para os alunos é uma experiência enriquecedora dançar num grande palco com toda a estrutura que é o do OF e ao lado dos maiores bailarinos do estilo no País. Além de funcionar como um incentivo a permanecer nas aulas, sinto que a cada ano os alunos se aperfeiçoam fazendo com que o evento ganhe contornos cada vez mais profissionais. Ademais, um diferencial importante do OF é que ele é temático, ou seja, a cada ano as coreografias, músicas e cenário dizem respeito a um tema importante, geralmente histórico, tornando-o muito mais didático e atraente a todos os públicos, não só os da dança. Não posso deixar de citar as importantes parcerias que o evento mantém, sem as quais seria impossível viabilizar um evento do porte do Oriental Fair mantendo workshops com preços populares e shows gratuitos.

Como você se sente ao representar a cidade de Feira de Santana pelo País afora? Sinto muito orgulho de minha cidade, que abrigou e enaltece o meu trabalho desde o início. Representar Feira de Santana em todos esses eventos pelo País é motivo de grande orgulho. Hoje Feira já é lembrada por sediar um número considerável de alunos da dança tribal. Nosso grande público e alunos interessados ganharam destaque nos festivais nacionais uma vez que muitos bailarinos de fora fazem questão de vir dar aula e se apresentar em nossa cidade.

Como foi a experiência de participar mais uma vez do Shaman´s Fest? O diferencial deste evento é que contou com a presença da bailarina americana Rachel Brice, uma das fundadoras do Tribal Fusion e a fonte de grande inspiração para a maioria dos praticantes do estilo no mundo inteiro. Tive a oportunidade de fazer o curso profissional restrito a apenas 30 bailarinos selecionados da América Latina, além de ter me apresentado no Show de Gala. Representei não só minha cidade, mas também o meu estado no curso profissional e no grande show que já é considerado o maior encontro de Dança Tribal da América Latina.

O que você está trazendo para Feira de Santana, a partir dessa experiência? Acreditando que a principal característica da dança é a partilha de conhecimentos entre os envolvidos, trarei para a cidade uma série de workshops onde apresentarei as vivências e técnicas ministradas pela Rachel Brice durante o Curso Profissional. Desta forma, mesmo as pessoas que não puderam estar presentes no evento terão a oportunidade de se reciclar a partir desses cursos que lecionarei na cidade. Serão 4 módulos e o a primeira aula está agendada para o início de abril em comemoração ao mês que é dedicado à dança. Nos cursos serão abordados as principais técnicas, as sequências coreográficas e seleção musical adotada pela norte-americana.

Como você avalia a realidade deste estilo na cidade? O Tribal é uma dança recente no mundo inteiro e em nossa cidade apenas começou em 2008. Apesar de todo o avanço que foi conquistado ano a ano, sinto que ainda há muito trabalho a ser feito no que concerne a divulgação do estilo (pois muita gente ainda não o conhece), aprimoramento da técnica que observo em muitos praticantes e profissionalização/ aperfeiçoamento dos grupos que se apresentam. É preciso também muito estudo e bom senso, pois nem tudo que é fusionado pode ser chamado de Tribal. Porém, o mais importante é que haja união e entendimento por partes de todos que se propõem a dançar o Tribal, pois como o nome já diz, somos membros de uma mesma ''tribo'' onde elementos como respeito, solidariedade, gratidão e humildade devem estar sempre presentes.

Quais os planos para 2014? Além dos workshops especiais, o ano de 2014 promete muitas surpresas boas! Vem aí a 3ª edição do Festival Belly Fest que será realizado entre maio e junho e a 4ª edição do Oriental Fair: Festival de Dança Bahia/ Brasil que será realizado em novembro. Já estão confirmadas atrações vindas de São Paulo, Rio Grande do Norte e Distrito Federal. Serão mais de 12 horas de aulas e shows gratuitos durante 3 dias de atividades relacionadas as danças orientais. Em todas as edições do evento houve sucesso de público e grande repercussão nacional. Não será diferente nesta 4ª edição que promete surpreender a todos e se tornar um evento inesquecível mais uma vez! Desde já estão todos convidados a fazer parte desta tribo!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

ENTREVISTAS - JOLINE ANDRADE

Foto: Marcelo Cunha
Hibridismos de Joline Andrade Foto: Marcelo Cunha
Matéria do site - Mulheres na Dança de 2013

Dançarinas tribais subvertem estereótipos, na medida em que fazem recortes de diversos estilos de dança, assim como em uma “Collage” e criam suas danças a partir de sua própria vivência. Joline Andrade é bailarina especializada nesse estilo de dança, pós graduada em Estudos Contemporâneos sobre Dança pela Universidade Federal da Bahia e reconhecida internacionalmente pela qualidade de seu trabalho. Em março de 2013 esteve presente no The Massive- Las Vegas, dançando no evento mais importante das estudiosas dessa arte. Joline, essa talentosa e inteligente artista, gentilmente nos conta aqui a respeito de seus processos híbridos de criação.

O que é dança de fusão, dança Tribal e a sua especialidade, Tribal Fusion? Numa tentativa de acompanhar a liquidez das informações no mundo contemporâneo, a dança tribal, popularmente chamada de dança étnica de “fusão”, surge como proposta de agregar diferentes manifestações de danças étnicas das mais variadas regiões do mundo, e busca mesclar referências e matrizes de danças tradicionais e transpô-las numa estética contemporânea atualizada. É uma linguagem que, tendo como referência a dança do ventre, mescla conceitos e movimentos de danças étnicas como o flamenco, a dança indiana, danças do Hiphop, ou seja, danças de diferentes culturas e regiões do mundo bem como o(a) yoga. É relativamente recente no mundo da dança (surgiu em torno da década de 60, na Califórnia, durante os movimentos contraculturais do Woodstock), mas bebe na fonte de diversas culturas antigas e mistura tudo numa alquimia contemporânea.

A partir dos estudos em sua monografia “Processos de hibridação na Dança Tribal: Estratégias de transgressões em tempos de globalização contra hegemônica”, pensando em recortes de danças étnicas e processos de hibridação em dança, você acredita ser necessário haver um cuidado ético, no sentido de apropriação de movimentos, criação de métodos e principalmente em tentativas de fazer exigências nos estudos de bailarinas e alunas de tais métodos? Certamente. A dança tribal tem um sistema de códigos específicos baseados em matrizes da dança do ventre, indiana, flamenca e danças do hiphop (popping, locking, ticking, strobe, etc.). Por ser uma dança híbrida nós, artistas e agentes criadores, temos a possibilidade de expressá-la com perspectivas tradicionalistas (ATS, ITS) – que prezam pela manutenção de uma forma/estética, um sistema de códigos – e com perspectivas contemporâneas (Fusões, performances inspiradas na linguagem) – que se propõe a uma desestabilização do sistema em função da adesão de novos códigos e possibilidade de complexificação através novas pesquisas de movimento por experimentação combinatória. O Tribal Fusion está no “intermezzo” entre essas duas perspectivas, se apropriando de ambas. Para identificar algo como tribal, é preciso haver um entendimento de mistura entre basicamente as 4 matrizes que citei logo no início. O modo de organizar estas 4 linguagens é bem particular, porém deve ser afastada a ideia de sobreposição ou somatização de linguagens, pois de fato se trata de uma imbricação de signos.

Como você pensa o fazer em dança, a partir de reflexões/estudos contemporâneos e como acredita estar construindo seu trabalho como bailarina na prática? Acredito na capacidade de cada um desenvolver suas próprias misturas dentro do sistema de códigos da dança tribal. Acho complicado pensar em bases e fundamentalismos – uma essência tribal – pois já li uma vasta bibliografia acadêmica que desconstrói esse modo de pensar (estão conectados a um conservadorismo atrelado a estratégias de mercado). Os categorias/estilos/subestilos criados, para mim, não servem para diagnosticar uma potência artística e criativa. Eu procuro transitar por eles e me preocupo principalmente com o processo criativo, não com o produto de criação. Vejo muitas pessoas repetirem o discurso de que é preciso estudar isto para fazer aquilo, sem ao menos refletir os perigos que ele carrega. Eu a cada dia mais acredito na ampliação das possibilidades e não me reduzo a qualquer categoria. O que quero mesmo é desestabilizá-las, pois me parece mais artístico!

Você participou do The Tribal Massive – Las Vegas, ao lado de Zoe Jakes e outras importantes bailarinas de Tribal Fusion, quais são suas impressões sobre esse encontro? Alegria que se transborda! O Tribal Massive™ foi uma experiência memorável! Conheci professoras que me fizeram borbulhar com novos conhecimentos, novas ideias. Conheci pessoas adoráveis que me fascinaram com tamanha receptividade, amenidade e conhecimento. O que poderia ocorrer se não um completo fascínio pela diversidade desta Tribo? Milhões de descobertas, de dentro pra fora e de fora pra dentro. Intensas partilhas do sensível!!! Foram, somando a primeira e segunda semana de aulas, 85 horas de compartilhamentos profundos e intensos com professoras extremamente dedicadas e atenciosas. Fiquei felicíssima ao perceber que todas elas me chamaram pelo nome, como a maioria das minhas colegas o fizeram. Uma honra já ter este reconhecimento no grupo.

O ambiente intimista do evento permite relações super sinceras. Todas as professoras possuem a cultura de, após o espetáculo, ir conversar com cada dançarina que se apresentou para parabenizar os trabalhos levados ao palco. Eu fiquei felicíssima ao ter o reconhecimento da Zoe, que correu atrás de mim nos corredores do hotel para perguntar mais sobre a minha carreira e comentar sobre o meu solo. Após este dia, Zoe me pediu para ficar na frente da sala e ajudá-la como guia para desenvolvimento de suas propostas de estudo técnico e coreográfico. Fiquei muito tímida com o pedido, pois é uma grande responsabilidade estar à frente de uma sala de aula com colegas bem experientes, mas tudo é sempre aprendizado… A Sharon Kihara, como sempre muito amável e merecedora de admiração, me chamou após a apresentação para falar que me acompanha desde a primeira visita dela ao Brasil e que estava muito orgulhosa das minhas conquistas.

Você vai ministrar um curso de formação de Tribal Fusion, em São Paulo, conte um pouco em como está planejando realizar as aulas relacionando com estratégias de ensino “contra hegemônicas” possibilitando gerar novas artistas/criadoras/dançarinas. A ideia principal é dar autonomia de estudos, e isso pra mim é formar. Preparei textos, encaminhei uma lista de indicação de referências bibliográficas, como também escrevi um projeto apresentando qual a proposta do curso, a justificativa, os objetivos e o conteúdo programático de cada módulo que iremos trabalhar. Serão ao todo 8 módulos, de 2h30 cada, com temas específicos a serem desenvolvidos em cada um, que tratarão desde o estudo anatômico e cinesiológico do corpo até os processos criativos, filosóficos, os estudos musicais e a proposta de laboratórios teatrais.

Foto: Marcelo Cunha
Como movimento cultural e instrumento artístico-educacional um projeto de formação arquitetado em torno desta linguagem de dança, se engaja na ampliação das possibilidades de experimentação de outro repertório de movimentos e propõe o contato com as pesquisas de dança mais recentes desenvolvidas pelas tribalbellydancers mais comentadas na atualidade. Serão compartilhados todos os temas adquiridos no Tribal Massive™, como também serão esclarecidas as especificidades e diferentes abordagens de assuntos relacionados ao universo tribal.A mistura das culturas árabe, espanhola, indiana, norte-americana, brasileira, etc., na dança étnica contemporânea traz a possibilidade de fomentar os interesses para cada cultura distinta como também provocar questionamentos sobre o modo como cada artista manipula este sistema híbrido de informações em suas experimentações combinatórias podendo, desse modo, estimular os processos de criação dos inúmeros dançarinos que estão se especializando na dança tribal e promover a sua autonomia.
Neste sentido, é possível dizer que a proposição deste curso tem o objetivo de disseminar a dança tribal por meio da emancipação dos agentes criadores participantes das oficinas. No Brasil os poucos grupos de dança tribal atuam particularmente, por meio de mostras isoladas, sem um real entrosamento e efetivos recursos que visem o aprofundamento de estudos e formação de plateia. Com a execução deste curso de formação, o número de agentes da dança tribal poderá ser ampliado e este será o ponto de partida para a complexificação das redes entre artistas de diversas regiões do país.

Joline Andrade e Zoe Jakes“Por já ter acessado um grande material sobre dança e contemporaneidade considero que o que importa mesmo é a obra, suas estratégias de composição e sua potência enquanto sistema de signos. Para mim já não é mais necessário rotular em que categoria ela se encaixa ou, menos ainda, determinar qual a trajetória linear de formação que uma dançarina(o) deve ter.” 
Acredito que estamos num momento de “crise” onde é bastante complicado definir e categorizar sistemas de dança. O hábito de conceituar e apontar uma verdade absoluta sobre algo é um resquício de uma necessidade moderna geralmente limitada “ao que é e ao que não é”, abandonando uma gama de possibilidades do ser… Hora ou outra caímos no conflito de apontar o feio/bonito, o profissional/não profissional, o que é tribal/o que não é tribal. Outro equívoco enorme é determinar uma lógica unidimensional de aprendizado ao ditar a obrigatoriedade de estudar uma categoria primeiro que a outra.

Por já ter acessado um grande material sobre dança e contemporaneidade considero que o que importa mesmo é a obra, suas estratégias de composição e sua potência enquanto sistema de signos. Para mim já não é mais necessário rotular em que categoria ela se encaixa ou, menos ainda, determinar qual a trajetória linear de formação que uma dançarina(o) deve ter. Desde a Modernidade, temos essa tendência separatista/dualista/dicotômica em querer discriminar as coisas e esquecemos que, na maioria das vezes, as informações estão tão imbrincadas que é preciso enxergar o que há além de uma coisa ou de outra. Digo isso principalmente por estarmos falando da dança tribal em que o princípio organizativo é a hibridação de códigos.

Para dissertar teoricamente sobre dança tribal na universidade estudei amplamente as macro-categorias (aponto como macro, pois reconheço a permeabilidade de suas fronteiras) mais populares da linguagem e conheço o sistema organizacional de cada uma delas: ATS/ITS, Tribal Fusion e Fusões. Resumindo esta resposta apontarei a seguinte ideia: Minhas perspectivas com a dança tribal não são tradicionalistas (conservadoras, modernas), são contemporâneas. Existem formas diferentes de pensar a dança tribal e a forma tradicional, para mim, não traz significados. O tradicional pode trazer significados para uma dançarina, e isto é ótimo! Há de se haver diversidade de pensamentos, compreensão mútua e diálogo para evoluirmos enquanto pessoas, artístas e críticos de dança. Haverá mil formas de justificar o pensar de um ou de outro modo, então é preciso discorrer de maneira impessoal e madura a este respeito, afinal não estamos falando de fulano ou sicrano e sim de concepções artísticas que precisam de crítica para serem refinadas. Isso já acontece com cinema, teatro e outras danças… Por que não falar com ética e inteligibilidade sobre a dança tribal?

Pude ter contato direto com o trabalho de algumas professoras que eu ainda não conhecia pessoalmente e que me decepcionaram um pouco pelos seus conservadorismos como também por ensinar de maneira incorreta conceitos de famosos estudiosos de dança e teatro em que já pude ter acesso na universidade. Fiquei muito contente por ver no discurso de outras uma reflexão mais contemporânea sobre as questões que apontei nas respostas a cima. Sobre o Massive Spectacular™ eu confesso que fiquei extremamente nervosa com a pressão que todo o evento provoca para realização da performance de palco. Ufa! Até então não tenho certeza se fui bem. Estou bastante ansiosa para ver o vídeo e somente após vê-lo irei dizer: “Fui bem!” ou “Poderia ter sido melhor!”. Avante!

Fonte: 

terça-feira, 1 de setembro de 2015

ENTREVISTAS - BARBARA SUÊNIA

Aqui vocês poderão ler um pouco mais do trabalho de Bábara Suênia, entrevistada por Hellen Karolyne Labrino Vlattas, link para o site da autora no final da página.

Nossa primeira entrevista do ano, é com a bailarina Bábara Suênia, que nos conta sobre o seu trabalho com o Dark Fusion.

Hellen: Como você conheceu o Dark Fusion? Bem conheci o Dark Fusion em meados de 2009/2010, quando comecei após um período de depressão estudar a dança do ventre. Já estudava sobre a arte sombria dos cemitérios comecei a me dedicar com trabalhos monográficos relacionados ao conjunto de simbologias que compõem o mesmo. Mas, não conhecia pelo nome Tribal e sim arte gótica ou melancólica.

Hellen: Na sua visão como se define o Dark Fusion? O Dark Fusion é um estilo criado pela bailarina californiana Ariellah Aflalo, sendo uma mistura de movimentos da dança do ventre, movimentos de ATS (American Tribal Style), bem como movimentos da dança contemporânea e o principal de tudo a criação de um personagem, visto que, é uma apresentação teatral (Theatrical Bellydance), além de subjetiva, preza pelo obscuro do eu, o profundo da alma, sentimentalismo retraído, dentre outras características bem mais peculiares.

Hellen: O que te levou a estudar o Dark Fusion? Sempre tive um apego à arte cemiterial e sair um pouco dos estudos teóricos para o estudo prático. Devido à dança do ventre ingressei no tribal, pois descobri que o processo de criação no tribal é livre e vai além do que é proposto na dança do ventre, não esquecendo que a mesma é uma das três bases do tribal. Apesar das divergências que são ainda tidas como regras, como por exemplo, para ser a dança tribal é necessário movimento do tribal ou passa a ser não dança contemporânea, consequentemente há liberdade do corpo e da alma para expressar o eu mulher.

Comecei a assistir vídeos relacionados à “ARTE OBSCURA”, a frequentar locais afastados da cidade os chamados “interiores”, onde a religião, a cultura e a economia possuem uma força acima do normal principalmente impulsionado pelo poderio da igreja católica.

Hellen: O que é o Dark Fusion como expressam artística? Acredito que é um fator variante, levando em consideração que, dentro da dança tribal existem as suas ramificações, ou seja, tribal fusion considerado o pai das fusões digamos assim, dividido em várias vertentes, daí vem o Dark, Burlesco, Brasil, Urban, Balé, etc. Cada ramificação vem acompanhada de outra ramificação, por exemplo, o balé fusion, que além de ter em sua grande quantidade movimentos do balé tem movimentos de fusão ou mais propriamente que não são comuns ao balé, por exemplo, o breakdance, ou seja, a oscilação de movimentos clássicos com movimentos de dança de rua.

O dark em especial tem uma expressão artística diferenciada, por que tem de se levar em consideração em primeiro lugar a música, que geralmente é escrita com toque melancólico ou mesmo de suspense, músicas que convergem para um campo harmônico menor, isto musicalmente falando. Estas músicas trazem um misto de drama, suspense tragédia, dos quais são elementos usados diretamente no teatro, por este motivo que Dark busca em sua essência expressar à dor, o ódio, a agonia, em alguns casos cinismo por parte do personagem, dentre outros sentimentos que estejam atrelados ao subjetivismo humano, um sentimento de dentro para fora.

Claro que não posso deixar de ressaltar que esta ramificação do tribal (dark fusion) requer um auto estudo, em todos os aspectos sejam eles materiais e espirituais, pois não é tão simples incorporar um personagem, na realidade não se imita se VIVE, a bailarina precisa ter versatilidade de viver o tema, buscando um estudo aprofundado do que passar, expressão corpórea de todos esses sentimentos. O trabalho deve ser voltado para o estudo do corpo e da face, não existirá uma expressão do que se quer representar e sim uma imitação do que se quer fazer, desta maneira não pode ser chamado de expressão artística, e o dark é justamente a expressão, é a vertente do tribal que mais exige do eu tanto na técnica corporal quanto facial, na minha opinião.

Hellen: Você acha que existe algum preconceito em relação ao Dark? Sim. O tribal principalmente em cidades provinciais como João Pessoa chega a ser muito recriminado, o dark fusion mais ainda. Mas, vejo uma grande evolução do tribal de forma geral, principalmente de bailarinas do ventre, que antes viam com o olhar “sarcástico”, e agora enxergam o valor do mesmo com olhos críticos, de forma até pertinente na maioria dos casos.

O Dark para o mundo passa uma visão grosseira e ao mesmo tempo impenetrável, isso porque o sentimental, a estética da bailarina e personagens transmite uma atmosfera de medo, suspense, não digo repulsa, mas, do tipo “o que será que vai acontecer”, de certa forma causa um impacto visual.

Com o despertar do mundo contemporâneo, determinados tabus vão sendo deixados de lado, e a dança vai ganhando e adentrando vertentes, deixando o certo ou errado para aderir uma liberdade maior, pois a mesma não deixa de ser arte. Afinal o que seria arte?!
  
Mensagem:
Para quem pretende conhecer o tribal, é de verdade um caminho de muito aprendizado e claro muito trabalho, com recompensas inexplicáveis, com as ferramentas: corpo mente e alma.

Quando a bailarina se propõe a viver o tribal é justo e necessário, passar por várias vertentes do mesmo, pois além de ampliar a sua percepção corpórea, também amplia a sua visão de mundo.

O Dark Fusion, que, além de trabalhar as três ferramentas acima, tem ferramenta mais preciosa da dança a expressividade facial que é uma poderosa aliada à expressão do corpo.

Quando a bailarina se depara com o Dark Fusion, ela se depara com um mundo novo, um mundo que vai buscar trabalhar o seu eu interior mental, ou seja, responder perguntas como: Como eu poderia seria uma pessoa versátil? Como eu poderia trabalhar sentimentos de ódio com o corpo e a face? Trabalhar dor e emoção, o teatro é dança ou é apenas arte? Para aquelas que têm medo do estilo, nada mais é do que trabalhar o psicológico, colocar em prática os sentimentos mais obscuros, ocultos, passar a linguagem que muitos não conseguem perceber em si mesmo que é o medo, na arte da personificação se torna mais fácil, por que se atribui ao personagem o contexto que se deseja viver, nada mais nada menos do que realmente o ser vive, literalmente, muitos se encaminham na dança pra preencher lacunas depressivas.

Com a vivência de personagens, a bailarina se depara com a sua real personalidade, e descobre que no próprio eu existe um pouco de tudo e de todos, e que o ser humano enquanto ser pensante vive vários mundos distintos, vive personagens até então imaginários, mas, que realmente, nada tem de imaginário e sim fases da vida, por isso o tribal é uma filosofia de vida e não apenas uma montagem (dança - coreografia ou improviso) ou apenas uma arte refinada (figurino - corpo).

Bárbara Suênia, tem 27 anos, nos quais 6 são dança, especializada em Dança do Ventre e Tribal Dark Fusion.
Contatos: 0055 (83) 8770-0009 / (83) 3223-2050

FONTE:
TEXTO COM VÍDEOS - http://www.elenisymban.eu/p07.aspx

terça-feira, 18 de agosto de 2015

ENTREVISTAS - ANDREA MONTEIRO

Aqui vocês poderão ler um pouco mais do trabalho de Andrea Monteiro, entrevistada por Hellen Karolyne Labrino Vlattas, link para o site da autora no final da página.

A nossa primeira entrevista é com a bailarina Andrea Monteiro Tribal, de João Pessoa-PB

Primeiro lugar em: Destaque Revelação 2013 e segundo lugar Videodança Nacional, pelo Blog Aerith Tribal Fusion.

Hellen: Conte-nos como a dança Tribal surgiu na sua vida? O tribal eu conheci assistindo o espetáculo “De Corpo de Alma”, direção de Kilma Farias e Cia Lunay. Nesta época, Kilma já trabalhava as fusões de danças regionais com a dança do ventre e o tribal. Lembro de ter ficado fascinada com a beleza, tudo era muito belo e diferente. Comecei a estudar o tribal com ela, em 2009, na Escola de Dança do Theatro Santa Roza, onde estudei durante três anos.

Hellen: Qual seu estilo favorito?Olha eu gosto muito do estilo vintage e do do dark fusion, atualmente estou estudando o tribal gypsy mas na verdade, eu não tenho um estilo, gosto muito de explorar minhas potencialidades e possibilidades numa busca infinita.

Hellen: Quais são suas divas? São tantas, citarei apenas algumas: Sharon Kihara, por mostrar a importância do preparo do corpo para a dança com aqueles exercícios de yoga, que foram determinantes para mim – eu hoje pratico yoga. Cito também Mardi Love – primeiramente, sou apaixonada pelo seu estilo vintage, ela me ensinou a importância dos movimentos lentos e limpos, quando vi que a repetição do movimento leva sempre à perfeição; Ariellah, por ter me mostrado a importância do personagem na dança, a linguagem corporal através da respiração leva à emoção. Emini Di Cosmo, no ATS® – a importância do tempo dentro da dança, a energia de dançar em grupo. No Brasil: Kilma Farias por ter me ensinados os primeiros passos e por sua linda trajetória na dança tribal. Joline Andrade tive a oportunidade de estudar com ela por toda sua técnica e dinamismo. Nadja El Balady pessoa linda grande carisma.

Hellen: Qual foi o processo de coreografia da música Posso Lipame? Foi gratificante, essa música e a coreografia valeram: uma indicação Destaque Revelação 2013 e segundo lugar Videodança Nacional, promovido pelo Blog Aerith Tribal Fusion. É como se eu realmente estivesse vivenciando a letra da música, a Sofia fala mais ou menos de ter sido abandonada pelo único amor da vida dela, é como se eu fosse a personagem da música, isso é engraçado não sei bem dizer, mas, eu tento passar o que eu sinto. O processo posso dizer que foi essa pesquisa da época dos valores dos sentimentos das mulheres de como o amor era vivenciado.

Hellen: Quais as maiores dificuldades em viver de dança na Paraíba? Muitas, eu acredito que há muita desinformação sobre o tribal. Os eventos ainda são muito isolados. Apenas para o público da dança mesmo. Acho que falta mais atenção da mídia. Reconhecimento por parte de outras esferas, mais projetos voltados para o cenário da dança tribal, tenho um projeto desde 2010, um espetáculo para viajar por diversas cidades, mas infelizmente nunca foi aprovado.

Hellen: Ser atriz ajuda na hora de estar no palco? Sim, é fundamental possibilita uma gama de possibilidades de interpretar, eu sempre busco uma personagem que existe, existiu ou eu mesmo crio a minha personagem de acordo com a música, coreografia, cenário, figurino, estilo, época tudo precisa estar harmoniosamente equilibrado.

Hellen: Como é fazer parte do grupo 5A Cia de Dança? Estar fazendo parte de um grupo ao lado de bailarinas que eu já admirava pela sua história na dança, pra mim é uma honra.

Hellen: Quais são os projetos para 2015? Procurar fazer o que eu realmente gosto na dança, tenho projetos em outro estilo que não é dança tribal. Estou experimentando, buscando nova descobertas tudo devidamente tem seu tempo e sua hora de acontecer.

Mensagem final - "Mais importante que a vontade de vencer, é a coragem. Comece a dançar! A dança nos possibilita o contato com nossa essência interior." Andrea Monteiro Tribal.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

BAILARINA - ALINNE MADELON

ALINNE MADELON


Alinne Madelon, estudante da Dança Tribal Fusion, começou sua carreia na dança do ventre em 2008.

Em 2009 encontrou o Tribal Fusion desde então procura dedicar-se a expandir sua dança. 

Alinne participou de vários workshops com profissionais renomadas nacionais e internacionais. 

Foi diretora do Grupo Mandalla Tribal. Consagrando o primeiro grupo de tribal do seu estado. 

Realizaram grandes eventos como o Conexão Tribal e o Mandalla Fest Union

Ao se destacar com suas apresentações, mostrando suas influencias, Alinne Madelon faz a cena do Tribal Fusion crescer e ganhar mais adeptos dessa arte na cidade, tendo como objetivo levar suas trupes aos melhores eventos fora e dentro do estado. 

Hoje Alinne ministra aulas e workshops nas melhores escolas de dança de Fortaleza e em seu Studio. 




** Material enviado por Alinne Madelon para este Blog para publicação e divulgação. 
Dando ao Blog Nossa Tribo & Nossa Dança o direito de divulgar sua imagem, escritos e vídeos. **
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domingo, 9 de novembro de 2014

5A CIA DE DANÇA - PB

Grupos Brasileiros: 5A CIA DE DANÇA


A 5A CIA DE DANÇA é um grupo que não se resume apenas a coreografias, nem está sempre dançando juntas vem com o objetivo de promover eventos em todos os segmentos culturais, pois entendemos que essa também uma forma de melhor disseminar a cultura dos nossos estilos em dança. Estamos produzindo os eventos de outros artistas e, ao mesmo tempo, oferecendo nosso conhecimento. Deste janeiro de 2013 promovendo eventos e intervenções artísticas.

O grupo tem sua formação original com as bailarinas: Andréa Monteiro, Alecsandra Matias, Anna Patrícia Brasileiro e Anne Mel com estilos diferentes de dança.

O grupo fará sua primeira performance em dança tribal Gpysy com as bailarinas e professoras Andréa Monteiro e Alecsandra Matias e contará com a participação das alunas do Centro da Juventude do Bairro do Rangel alunas da professora Alecsandra Matias,    dia 07 de dezembro de 2014 às 17hs no Teatro Ednaldo do Egypto no I FESTIVAL DE DANÇA, promovido pela 5A CIA de Dança contando com diversas atrações em dança,  ventre, tribal, dança cigana entre outras.

Maiores Informações: FANPAGE  5ACIA DEDANÇA | EVENTO DO FESTIVAL
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terça-feira, 8 de julho de 2014

BAILARINA - GILMARA CRUZ

GILMARA CRUZ
Graduada em História pela Universidade do Estado da Bahia e mestranda em História pela Universidade Federal de Sergipe, Gilmara Cruz é Qualificada em Dança pela FUNCEB (Fundação Cultural do Estado da Bahia). Professora desde 2006, já ministrou workshops e oficinas em eventos de Dança e encontros acadêmicos. Foi monitora voluntária de Dança do Ventre no Curso de Extensão Cultura Corporal do curso de Ed. Física na UNEB-II. Conheceu a Dança Tribal em 2012 e desde então se apaixonou. Possui curso de formação de professores em dança ministrado por Estela Serrano e Fátima Suarez; Curso de Aperfeiçoamento teórico-prático em Dança do Ventre ministrado por Fernanda Guerreiro; Curso de Metodologia do ensino da Dança do Ventre ministrado por Fernanda Guerreiro; e curso de Formação em Tribal Fusion com Joline Andrade. Participou também de diversos workshops com professoras como: Bela Saffe, Joline Andrade, Fernanda Guerreiro, Lulu from Brasil, Monah Souad, Márcio Mansur, Letícia Soares, Kahina, Allana Alflen, Esmeralda Colabone, Ju Marconato, Janah Ferreira, Catarina Hora, Tarik, Gabriela Miranda, Cibelle Souza (Cia. Shaman), Paula Braz (Cia. Shaman), Sundari (Croácia), Guigo Alves, Rebeca Piñeiro e etc. Foi organizadora do I Festival de Dança Oriental em Alagoinhas/BA, é organizadora do evento anual Solstício das Deusas na cidade de Aracaju/SE, ministrante de oficinas/workshops com temas: A Dança do Ventre e sua relação com a Natureza; A Dança do Ventre e sua História; Dança Teatro; Resgatando o Sagrado Feminino; Movimentos Sinuosos e etc. É autora do artigo "A Aura e Autenticidade da Dança Tribal" publicado na Central Dança do Ventre e no blog Aerith tribal fusion. Admiradora das Artes Negras, Gil sempre trás um toque místico e obscuro em sua Dança. Entende a Dança como um Ritual Ancestral e sua Dança sempre é direcionada aos deuses, a natureza e ao eu interior. Atualmente além de dar aulas de Dança do Ventre, Tribal Fusion (iniciante) é praticante do Ballet Clássico, da Dança Indiana e da Dança Tribal. Recentemente fundou o grupo Bellatrix: Tribal Fusion Coven, juntamente com suas alunas.


 Vídeos:


Presa às paredes de seu antigo lar, Uma alma esquecida materializa-se em passos, D'uma dança que durante sua vida à tornou querida, E após sua morte, temida.
Este trabalho tem por objetivo usar a linguagem da Dança Tribal mesclando-a com elementos de personagens das Histórias em Quadrinhos. Com duração de 2 m 45 s, esta apresentação traz a representação da Feiticeira Escarlate, que é o alter ego da Wanda Maximoff, personagem fictícia do universo Marvel. A Feiticeira Escarlate é uma mutante que consegue manipular a realidade através de sua magia. 

** Material enviado por Gilmara Cruz para este Blog para publicação e divulgação. 
Dando ao Blog Nossa Tribo & Nossa Dança o direito de divulgar sua imagem, escritos e vídeos. **


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