Texto publicado no Portal O Rio por Juliana Torres.
Descendente de ciganos russos, a dançarina, instrutora e coreógrafa Rhada Naschpitz se destaca em qualquer apresentação. De flamenco a hip hop, Naschiptz começou a movimentar seu corpo ainda quando criança, mas foi na adolescência que descobriu seu verdadeiro talento: a dança. Formada em Educação Física, Desenho Industrial e Comunicação Visual, a dançarina também é instrutora de Pilates e designer de jóias e gráfico. Há 18 anos na área, ela possui um currículo extenso de shows e works e já se apresentou em países como Argentina e Chile. O Portal O Rio conversou com Rhada Naschpitz para saber mais sobre seus trabalhos.
Confira a entrevista exclusiva com a dançarina!
Quais os tipos de dança você pratica? Sou dançarina profissional, instrutora e coreógrafa de Dança Étnica Contemporânea ou Tribal Fusion, como foi chamado nos EUA, estilo que faz fusão de diversas danças étnicas (como Belly Dance, Flamenco, Ciganas, Indianas, por exemplo) e danças modernas (como o Hip Hop e o Contemporâneo).
Já foi premiada? Nunca gostei de participar de concursos. Faço dança como arte e acho que cada dançarina tem sua peculiaridade, ainda mais dentro de um estilo de fusões étnicas como a Dança Étnica Contemporânea a qual pratico, que não existem padrões pré-estabelecidos e a identidade própria do artista é um dos pontos forte. Um dos maiores fascínios desse estilo de dança é a exclusividade artística.

Quais as modalidades que você ensina? Dança Étnica Contemporânea nos estilos: Tribal Fusion, Dark Arts, Rock´n´Fusion e Gypsy Fusion.
Além de aulas, você ministra palestras ou algo do gênero? Sim, workshops com temas diversos e atualmente desenvolvi o método Motus Cornicem – movimentos de corvo -, com movimentos corporais desenvolvidos por meio de pesquisa do comportamento e movimentação do corvo. Tenho ministrado no Rio e em São Paulo e já recebi convite no exterior.
Fale sobre seus trabalhos… Dentro da Dança Étnica Contemporânea trabalho e me apresento com maior ênfase no que chamamos de Dark Arts – estilo de dança caracterizada por enfatizar uma estética expressionista, forte teatralidade e certa carga dramática, inspirada nas várias cenas da cultura dark/gothic (noir, industrial, burlesque, medieval, vitoriano) – e urbanas, como o rock`n`roll e o hip hop. E todo o universo alternativo e contemporâneo, indo também até o folclore do Brasil. Fusionando estas influências às danças orientais, étnicas e contemporâneas. Dentro dessa vertente de Dança Étnica Contemporânea, trabalho também com o estilo Gypsy Fusion e o Experimental Tribal Fusion que é meu projeto junto com o músico e produtor Ives Pierini, que se chama Duabus Artibus – Music and Dance Duet. Ambos unem suas artes no palco com músicas próprias compostas para essa parceria.

Surgiu da necessidade de explorar novos conceitos dentro das fusões sonoras entre ocidente e oriente, étnico e urbano, antigo e contemporâneo. E a capacidade dessas fusões criarem novos universos de inspiração, interpretação e estética na dança étnica contemporânea e suas vertentes.
Além também da interação entre músico e dançarina, trazendo para o palco a teatralidade, conexão e fusão entre as duas artes.
As músicas são compostas por Ives Pierini com exclusividade para Rhada Naschpitz.
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