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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

BIOGRAFIA - RACHEL BRICE NO BRASIL

** ESTAMOS REPOSTANDO OS ARTIGOS ESCRITOS EM MARÇO DE 2014, QUANDO RACHEL BRICE ESTEVE NO BRASIL, DURANTE O SHAMAM´S FEST. **

"Há um tempo atrás li um artigo escrito pela Rachel Brice. Devo dizer que uma das características que mais me marcam nessa bailarina é a humildade. Rachel nos deixa um claro exemplo de como não é preciso passar encima de ninguém, nem se dar os créditos por algo, para se transformar em uma inspiração. Grande professora, mestra e ser humano.


O Tribal Fusion Belly Dance (ou Oriental Amargo, como eu tenho gostado de chamá-lo), é uma elétrica forma de dança que inclui uma multidão de influências, Dança do Ventre, Flamenco, Hip Hop, Jazz, Clássica e outras formas podem ser incluídas no vocabulário estilístico. Cada grupo, até cada bailarina é uma expressão única do estilo. A essa altura não existe um vocabulário base, mas eu penso que é seguro dizer que toda dançarina de tribal é influenciada pelos vocabulários combinados de Carolena Nericcio e o Fat Chance Belly Dance, os criadores do American Tribal Style (ATS), e Jamila Salimpour (professora da professora da Carolena), mesmo sabendo disso ou não.



O estilo é erroneamente creditado à vocês através de Rachel Brice, quem apenas popularizou a versão através dos anos pelas intensas turnês com o Bellydance Superstars e o coletivo, The Indigo Belly Dance. Os verdadeiros dançarinos heróis que criaram e alimentaram minha linhagem pessoal na dança: Jamilia Salimpour ensinou John Compton e Masha Archer, que ensinou Carolena Nericcio, que ensinou Jill Parker, que ensinou Heather Stants, que ensinou Mardi Love que me ensinou. Também fundamental ao estilo esta Suhaila Salimpour, filha da Jamila Salimpour, quem construíram a aproximação à Dança do Ventre, responsável pela técnica da maior parte das dançarinas de Tribal.



Existem poucas regras no Tribal Fusion, mas na minha humilde opinião a que é constante é que a bailarina ou grupo é experimentado em ATS como ensinou Carolena Nericcio. Sua aproximação estilística ao vocabulário existente, a aproximação ao figurino teatral, e a incrível invenção da improvisação em grupo, já permitido infinitas variações onde todas têm alguma coisa em comum: uma poderosa apresentação. A força que o ATS comunica através da postura, braços e figurinos foi uma revelação para mim como feminista. Sem o Fat Chance, eu honestamente poderia dizer que não estaria dançando nos dias de hoje.


Há uma lista enorme de outros artistas: figurinistas, musicistas, atores, fotógrafos, etc. que hão influenciado o estilo, e eu procuro incluir a maior parte deles. Se eu posso tomar crédito por alguma coisa seria por amor ao ensino e ao aprendizado, e obsessão com colagges. Heather Stants credita a mim como a “mãe adotiva” da forma, na qual, adotada por milhares, continua a crescer e a mudar, e cada ano traz um novo nível de criatividade, excitação e beleza a nossa comunidade.

Einstein brincou dizendo: “O segredo da criatividade é saber como esconder suas fontes.”. Bem, ainda, pra mim, o segredo da criatividade e de um coração feliz pode ser encontrada no trabalho duro, descobrindo novos artistas, dando crédito a suas fontes de inspiração, cultivando curiosidade, e um entusiasmo contagioso. Rachel Brice



MAIS FOTOS: Siga o painel THE INDIGO de Carine no Pinterest.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

BIOGRAFIA - RACHEL BRICE NO BRASIL

** ESTAMOS REPOSTANDO OS ARTIGOS ESCRITOS EM MARÇO DE 2014, QUANDO RACHEL BRICE ESTEVE NO BRASIL, DURANTE O SHAMAM´S FEST. **

Nascida em São Francisco, Califórnia, no início dos anos 70, Rachel Brice é hoje talvez a mais conhecida dançarina de dança do ventre em todo o mundo. Mas sua formação principal vem da yoga, prática que estudou e lecionou enquanto, paralelamente, trabalhava como quiropata. Sua aproximação com a dança oriental se deu em 1998 quando assistiu a um grupo que se apresentou na Califórnia. A partir daí, começou a aprender alguns passos por conta própria assistindo vídeos da mítica bailarina Suhaila Salimpour. Filmava-se para saber dos andamentos da experiência. Chegou ainda a ingressar num programa universitário de Dança Étnica e, em seguida, foi tomar aulas. Mas os acasos a levaram a prosseguir com a carreira terapêutica, o que a afastou de seu incipiente talento por quatro anos.


Brice foi descoberta em 2003 pelo polêmico empresário Miles Copeland - este constantemente acusado de ter transformado sua companhia de dança do ventre num negócio dos mais lucrativos, todo moldado como uma Las Vegas itinerante que conta até mesmo com seu próprio DVD de reality show. Ela passaria a integrar a mega companhia Belly Dance Superstars de Copeland e, no mesmo ano, monta sua própria companhia, a Indigo Belly Dance Company - que teve seu primeiro show de longa duração, a tournée Le Serpent Rouge, produzido em 2007, sob a batuta do mesmo empresário.



A profusão de adornos que fazem o lóbulo de sua orelha despencar sob o peso de duas imensas argolas já mostram que Rachel Brice em pouco se encaixa no estereótipo da dançarina de saias esvoaçantes e jóias douradas; também quase nunca sorri. Essa espécie de desconstrução é uma marca no estilo da dança tribal, talvez um trânsito para fora dos clichês que consagraram no Ocidente a dança egípcia da qual os árabes se apropriaram ao longo de séculos. As vestes de Rachel e suas parceiras de estilos compõem-se de inúmeras moedas de cor fosca, tecidos amarrados, cabelos dreadlock, flores nos cabelos, ossos trançados com couro... objetos aparentemente improváveis se complementam harmônicos. A tentativa de representação se aproxima da música, é um ajuntamento de elementos que remetem a um passado nômade primitivo onde os enfeites são adaptações de coisas encontradas na natureza e/ou retiradas do contato com outras comunidades mais "avançadas"; é assim no caso das moedas e dos espelhinhos, por exemplo. Enquanto isso, no som, as percussões árabes se tornam elétricas e se fundem com a noise music.


Através de seus precisos movimentos de serpente, Rachel Brice faz emergir uma atmosfera misteriosa onde a mulher está representada hermética, mergulhada em segredos próprios que certamente dizem respeito a um poder dominador e ele é revelado aos poucos numa sedução de força, ritmo e elasticidade. São segredos que a vida cotidiana quase faz esquecer, mas que estão lá resguardados na imemória das mulheres de todas as culturas.
Aqui você assiste ao impressionante vídeo da apresentação de Rachel Brice ao vivo de Paris, na tournée da companhia Belly Dance Superstars em 2005.


Material de junho de 2008 do site Obvious © obvious:

  


terça-feira, 2 de junho de 2015

BIOGRAFIA - RACHEL BRICE NO BRASIL

** ESTAMOS REPOSTANDO OS ARTIGOS ESCRITOS EM MARÇO DE 2014, QUANDO RACHEL BRICE ESTEVE NO BRASIL, DURANTE O SHAMAM´S FEST. **

"Nossas leitoras pediram e este desejo foi realizado! Para começar a falar de tribal, vamos iniciar nossa pesquisa pela bailarina atualmente mais famosa no assunto. Rachel Brice nasceu em São Francisco, Califórnia, em junho de 1972. Ela nãofoi dessas crianças que faziam dança desde pequena. Só começou a ter aulas de dança do ventre quando já tinha 17 anos. Praticou ioga com Erich Schiffman, um renomado professor dos Estados Unidos.


Formação - Depois de sete anos, a mocinha já dava aulas, se formou como massoterapeuta e trabalhou como auxiliar de quiropraxia. Neste período, afastou-se da dança para dedicar-se integralmente à carreira na qual se formou. Alguns anos depois, os interesses mudaram. Rachel voltou a dançar, frequentava centros culturais e entrou no curso de dança da Universidade de São Francisco.



Não é à toa que ela se especializou na modalidade conhecida como tribal fusion, afinal o programa do curso tinha ênfase em etnologia da dança e ela teve aulas com professoras como Suhaila Salimpour. Suhaila, que esteve pela primeira vez no Brasil ministrando workshops em maio de 2010, é filha de Jamila Salimpour, criadora da Bal Anat, primeira companhia de dança tribal.

Rachel Brice também faz parte do grupo The Indigo e está girando o mundo na turnê Le Serpent Rouge. Quem vê a bailarina atuando sabe que ela concilia todo o seu aprendizado de massagista, quiroprata e praticante de ioga na dança. Possui uma capacidade de dissociação corporal incrível que, em geral, só é conseguida por outras companheiras de tribal.

Características - Dançando, ela se parece com aquela imagem que temos da cobra que hipnotiza o público. Seus movimentos são tão contínuos que é difícil não se encantar. Suas especialidades são os cambrês, que podem ser finalizados com caídas turcas, além das muitas ondulações abdominais e camelos. Também faz movimentações com a cabeça.

No Bellydancer Superstars, companhia para a qual entrou em 2003, é responsável por coreografias, nas quais capricha nas marcações com o ventre, peitoral e braços sempre altos, típicos do tribal contemporâneo. Outro destaque são as mãos, sempre se movimentando e em perfeita harmonia com os braços. Na dança, procura manter no corpo o ritmo e a melodia da música, e para isso muda a velocidade e o tamanho dos movimentos."