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sábado, 23 de maio de 2015

ESTUDOS - GHAWAZEE - FAMÍLIA MAZIN

Khairiyya Yusuf Mazin, era a mais nova das cinco (5) filhas de Yusuf. Su'ad, sua irmã mais velha, tinha sete (7) anos de idade quando subiu ao palco pela primeira vez, dançando com sua tia Labiba, famosa dançarina de Quina, no Egito. As outras garotas Mazin se chamavam Fathiyya, Feryal e Raja.

Fathiyya e Feryal cantaram e dançaram no filme egípcio Al-Zauja al-Thania e Khairiyya retratou no cinema uma sedutora ghaziyya da era napoleônica, em uma produção francesa.


Extremamente marginalizados pela sociedade, eles viviam da arte do entretenimento, eram associados à vida fácil e, segundo alguns estudiosos, tinham origem Domani (ciganas).

Em muitos momentos a palavra Ghawazee se tornou sinônimo de prostituição, isto é ilustrado num insulto comum no sul do Egito, "yabn al-ghazeeya", que significa literalmente, "filho de um ghazeeya”.

A caçula das irmãs Mazin é um dos últimos expoentes da dança autêntica do povo Nawari, do Alto Egito. Hoje Khairiyya ministra aulas para estrangeiros e pesquisadores de todo o mundo.
Publicado na Fanpage Estudos Etno-culturais de Mell Borba.
Postagem feita aqui.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

SUHAILA E AS BENAT MAZIN

Escrito por Jamila Salimpour
Texto original: http://ads.bhuz.com/articles/articles-JamilaSalimpour4.asp

Recentemente eu revi um documentário por Jeremy Marre chamado "The Romany Trail, parte 1. Que já tinha visto antes, mas desta vez os meus ouvidos se animaram quando, Yousef Mazin, patriarca das Benat Mazin, contava a história de sua família, e disse ao entrevistador que originalmente as Benat Mazin ("Filhas de Mazin") eram curdas do Curdistão
Read more: Gilded Serpent, Belly Dance News & Events , » The End of the Banat Mazin?
Copyright 1998-to current date by Gilded Serpent, LLC
Khairiyya’s eldest three sisters Fathiyya, Ferial and Su’ad 
(from left to right) in the 1960s
Curdistão, conhecido como Ostan, ou província do Curdistão, encontra-se na região oeste do Irã. Aqui está uma breve história do povo.

Os curdos são o quarto maior grupo étnico no Oriente Médio. Tradicionalmente nômades, muitos se instalaram em cidades de toda a Europa Central e Asia. Os arqueólogos especulam os curdos estavam no Irã antes da invasão Indo Européia e mantiveram a sua cultura, devido à difícil acesso a sua terra natal, nas montanhas. Por volta de 2000 a.c. Curdos desenvolveram uma língua indo-européia. Com a criação da "Media", (cerca de 727-569 A.C.) um país antigo, no sul da Ásia, eles desenvolveram senso de sua própria identidade étnica.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_mundo
Os curdos são muçulmanos sunitas que se converteram ao Islã no século 7. Após o declínio da dinastia abássida, e repetidas invasões turcas, os curdos foram capazes de estabelecer dinastias independentes cujos poderes foram reduzidos quando foram subjugados pelo Império Otomano a partir do 16 ao século 19. 

Dada a promessa da criação de um Estado curdo em 1920, os curdos ainda estão se rebelando desde que a Europa repetidamente retira seu apoio.

A história da família das Benat Mazin tem sido transmitida de pai para filho por gerações. Yousef Mazin relembra seus antepassados ​​lhe dizendo como eles foram banidos do Curdistão e que o fundador de sua tribo era Nawar El Hamamshah, daí o nome que eles chamam de seu povo, Nawar. Parece que muitas gerações atrás, eles foram expulsos do Curdistão, porque eles eram, entre outras coisas, salteadores de estrada. O seu êxodo levou-os para o Egito, onde se instalaram em Luxor. Quando as Benat Mazin vieram pela primeira vez para o Egito, elas continuaram a falar a língua curda e ainda praticavam seus antigos costumes. Eles eram evitados pelos egípcios e perseguido como estrangeiros até que eles adotaram sua língua e as formas de sua nova pátria. Encurtando a história, a fim de sobreviver, as filhas foram incentivados a se tornar dançarinos chamados Ghawazee, e os filhos a se tornarem músicos.

Agora, o que isso tem a ver com Suhaila? Bem, deixe-me dar-lhe uma breve história do background de Suhaila. A avó paterna de Suhaila, Nosrat Zangeneh, que, em muitas ocasiões, compartilhava muitos detalhes sobre sua história familiar na Pérsia. Ela descreveu em detalhes o temor pela segurança de sua família quando o exército do Xá pretendia atacar sua aldeia ou e prender qualquer pessoa suspeita de ser um rebelde. Ardeshir, o pai de Suhaila, era um curdo de uma família de curdos do Curdistão, povoado de Kermanshah. Os curdos queriam, e ainda querem, a liberdade na terra que consideram deles. O Xá queria separá-los de suas raízes e realocá-los nas cidades, a fim de dispersá-los e ter mais controle sobre suas terras.

Nosrat descreveu como, quando grávida de oito meses do pai de Suhaila, ela andava a cavalo para longe da aldeia com Lotfallah, seu marido, tentando escapar dos soldados que vieram prendê-lo. Eles foram surpreendidos e Lotfallah foi jogado ao chão. Quando os soldados estavam prestes a matá-lo, Nosrat jogou-se sobre seu corpo em uma tentativa de salvá-lo. Eles o pouparam com a condição de que eles deixam Curdistão. Logo depois disto eles se mudaram para Terhan.

Numa época em que a população era escassa, em que as pessoas geralmente celebravam as estações, colheitas, haviam celebrações religiosas e casamentos. Era uma época em que as tribos das aldeias se encontravam e trocaram bens, os casamentos eram arranjados, e as pessoas eram ligadas. Tanto as Benat Mazin e quanto os antepassados de Suhaila ​​foram arrancados de Ostan, província do Curdistão. As Mazins foram para Egito, a família de Suhaila para a América

Em um momento, há muito tempo, antes do banimento para o Egito e a imigração para os Estados Unidos, poderia ter sido possível que as Mazins e os Salimpours terem se conhecido em uma das festas, saído juntos, e se tornado parentes distantes ou talvez primos. 


Hmm .... Interessante ??


** Tradução livre Carine Würch **
Visite e curta: Nossa Tribo & Nossa Dança