Mostrando postagens com marcador Estudos Etno-culturais. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Estudos Etno-culturais. Mostrar todas as postagens

sábado, 23 de maio de 2015

ESTUDOS - GHAWAZEE - FAMÍLIA MAZIN

Khairiyya Yusuf Mazin, era a mais nova das cinco (5) filhas de Yusuf. Su'ad, sua irmã mais velha, tinha sete (7) anos de idade quando subiu ao palco pela primeira vez, dançando com sua tia Labiba, famosa dançarina de Quina, no Egito. As outras garotas Mazin se chamavam Fathiyya, Feryal e Raja.

Fathiyya e Feryal cantaram e dançaram no filme egípcio Al-Zauja al-Thania e Khairiyya retratou no cinema uma sedutora ghaziyya da era napoleônica, em uma produção francesa.


Extremamente marginalizados pela sociedade, eles viviam da arte do entretenimento, eram associados à vida fácil e, segundo alguns estudiosos, tinham origem Domani (ciganas).

Em muitos momentos a palavra Ghawazee se tornou sinônimo de prostituição, isto é ilustrado num insulto comum no sul do Egito, "yabn al-ghazeeya", que significa literalmente, "filho de um ghazeeya”.

A caçula das irmãs Mazin é um dos últimos expoentes da dança autêntica do povo Nawari, do Alto Egito. Hoje Khairiyya ministra aulas para estrangeiros e pesquisadores de todo o mundo.
Publicado na Fanpage Estudos Etno-culturais de Mell Borba.
Postagem feita aqui.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

ESTUDOS - GHAWAZEE

Crônicas, poemas e relatos escritos sobre os “ciganos” do Egito só foram encontrados nos dois últimos séculos, o que é compreensível, tendo em vista danças com mulheres exibindo as cabeças descobertas e movimentando seus quadris de forma sensual, o que era considerado inadequado por seus líderes religiosos, não permitindo escrever sobre eles (ghawazee).
Escritores ocidentais relataram sobre Ghawazee na sociedade egípcia sendo convidados para apresentações em aniversários, casamentos, entre outras festividades, isso por volta dos anos 1700 até 1834, quando eles foram banidos e proibidos de divulgar sua arte.
Publicado na Fanpage Estudos Etno-culturais de Mell Borba.
Postagem feita aqui.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

ESTUDOS - SÍMBOLO DOS VIAJANTES DO DESERTO

SÍMBOLOS DOS VIAJANTES DO DESERTO

Magia, medicina, estética, o que motivava o povo Berbere a marcar seus corpos? Uma coisa é certa, a sua prática remota ao período pré-islâmico.

Embora a "Ayacha" (aquele que dá a vida) seja proibida pelo Islã, esta é a tatuagem mais comum entre aqueles povos. Ela tem como característica a marcação no meio da testa, separando os dois lados do rosto, muitas vezes seguindo para além do umbigo.

No livro de Eric Le Braz, existem relatos de desenhos que foram feitos para expressar a dor pela perda de seus maridos na guerra, para curar dores de cabeça, proteção, entre outros motivos.

Você consegue identificar a região das mulheres mais velhas pelo número de tatuagens da sua testa/cabeça, inclusive a identificação pode ser feita através dos símbolos de reconhecimento.

Os símbolos podem ter vários significados, dependendo da origem da pessoa, segue um levantamento de pesquisadores:

- O espiral simboliza a harmonia eterna.
- O círculo representa o absoluto.
- Duas linhas representam a dualidade entre o bem e o mal que estão adormecidos dentro de cada um (Equilíbrio).
- O sinal de mais + (adição) representa o olho de Deus, a estrela cuja luz guia o homem no meio da noite.
- A cruz simboliza as duas pernas ou ambos os braços do homem.  Mell Borba
 

 
Publicado na Fanpage Estudos Etno-culturais de Mell Borba.
Postagem feita aqui.

Mell Borba ainda indica o seguinte vídeo:

E livro

quarta-feira, 13 de maio de 2015

ESTUDOS - CONFERÊNCIA DOS PÁSSAROS

"Mantq ut-Tair" ou "Conferência dos Pássaros" em português é um dos exemplos mais encantadores da poesia persa, foi escrita pelo fantástico poeta Farid od-Din Attar, nascido no século XII e é alicerçada na doutrina Sufi.
O livro é uma alegoria mística-filosófica em que as aves de todo o mundo se reúnem para decidir quem será o seu rei. A poupa, eleito o lider de todos os pássaros, sugere que eles devem encontrar o lendário Simorgh, um pássaro mítico persa - uma alegoria da busca por Deus. O autor claramente brinca com um trocadilho na palavra Simorgh e "si morgh" - que significa "trinta pássaros" em persa, já que apenas trinta (30) pássaros conseguem chegar no grande salão do Simorgh e lá descobrem serem eles o rei que tanto procuram.
A poupa representa um mestre sufi, cada uma das aves que vai desistindo da jornada representa uma falha humana que impede o homem de atingir a iluminação.
Sobre a fabulosa ave Simorgh, ela era considerada um purificador da terra e das águas, vivia onde a água é abundante. Uma ave tão antiga que já viu por três (3) vezes a destruição do mundo. A criatura representa a união entre a terra e o céu, servindo como mediador e mensageiro entre os dois mundos. Sua moradia é a Gaokerena (o Hom - Haoma), Árvore da Vida.
No livro, para alcançar o local onde está o Simorgh, o Monte Qaf, as aves devem atravessar sete vales: Talab (ânsia), Eshq (amor), Marifat (gnose), Istighnah (desapego), Tawhid (unidade de Deus), Hayrat (perplexidade) e, finalmente, Fuqur e Fana (abnegação e extinção). Estes vales representam as estações que um sufi ou qualquer indivíduo deve passar a perceber a verdadeira natureza de Deus.
Publicado na Fanpage Estudos Etno-culturais de Mell Borba.

Postagem feita aqui.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

ESTUDOS - MUIRAQUITÃ

Uma das versões da lenda conta que na festa da lua, as Icamiabas, mulheres guerreiras, mergulhavam no lago Jaci Uaruá (espelho da lua) e recebiam da divindade um barro retirado do leito do lago. Elas o moldavam ainda em baixo da água e quando chegavam na superfície imediatamente endurecia, formando um amuleto, geralmente em cor verde. Eram oferecidos aos Guacaris (homens de outra aldeia) com os quais passavam dias namorando.

O artefato era confeccionado em jade, geralmente tinha o formato de sapinhos e, segundo a crença, tinham poderes mágicos, trazendo sorte ao seu portador.

Foram encontrados pelos europeus pela primeira vez nos séculos XVII e XVIII, próximo aos rios Nhamundá e Tapajós. Alguns exemplares podem ser vistos em museus por todo o mundo e outros estão nas mãos de colecionadores.

Ainda nos dias atuais o muiraquitã é considerado objeto sagrado, permanecendo a crença que este traz felicidade, sorte e tem poder de cura.
Publicado na Fanpage Estudos Etno-culturais de Mell Borba.
Postagem feita aqui.

sábado, 9 de maio de 2015

ESTUDO - A DANÇA CHINESA DO PAVÃO

De clima tropical, Yunnan está localizado a Sudoeste da China. Lá se encontra o povo da etnia "Dai", conhecidos por seu canto e dança. Uma dança em especial merece atenção e passei aqui para falar sobre ela. "A dança do pavão".
Considerado símbolo da bondade, sabedoria, beleza, boa sorte e felicidade, o pavão tem uma dança dedicada a ele. Realizada, principalmente, no Ano Novo do calendário Dai, também em outros importantes eventos de celebração religiosa.

Na dança tradicional do pavão, alguns jovens dançavam acompanhados de instrumentos musicais como tambores "pé de elefante" (tambor regional que tem forma de pé de elefante, com comprimento de 1,7 metros os mais longos e 0,7 metros os mais curtos), gongos, pratos etc. Eles Usavam capacete de ouro, máscara e vestiam uma jaqueta decorada com asas de pavão. Costumava ser realizada por homens, que usavam adornos pesadíssimos, com o passar do tempo a mulher começou a praticar, removendo do figurino as pesadas asas, incorporando longas saias decoradas com pena de pavão.

A dança tem técnica aprimorada e regras rigorosas, com rica variação de movimentos pelas mãos, vários saltos e diversas evoluções. Seus passos imitam a poesia que existem nos movimentos do pavão, tudo moldado no corpo de quem estiver dançando, passos como "o pavão em busca da floresta", "a caminhada na floresta", "jogando a água de primavera", "a procura de água potável", "brincando na água", e é tudo feito de forma muito elegante.
Publicado na Fanpage Estudos Etno-culturais de Mell Borba.
Postagem feita aqui.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

NOVA PARCERIA

Anuncio com MUITO prazer uma nova parceria com nosso Blog e Fanpage:
É a fanpage Estudos Etno-culturais da Mell Borba.

Ela me deu permissão para repostar suas informações e seus estudos maravilhosos. 


Então, deixa de moleza e vamos estudar! :)