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quinta-feira, 21 de abril de 2016

Pilares do Sul - Morgan Mahira (Cursos)

Pesquisa sobre o Tribal no RS | Conte sua trajetória dentro do Tribal.
Trajetória - Inspirações - Cursos - Cenário - Linha de Trabalho - Definição
Respostas enviadas durante o ano de 2015.
Antes até de conhecer a dança do ventre (especificamente, desde 1996), eu fazia aulas de jazz dança contemporânea, me apresentando com o corpo de baile da minha escola, então já tinha alguma base para agregar ao Tribal, pois dancei esses estilos por três anos. A única coisa que me impediu de dar continuidade a esses dois estilos, paralelamente à dança do ventre (que comecei em 1998), foi a questão “tempo”. Faculdade o dia inteiro, por exemplo. Então optei por ficar somente com a dança do ventre.

Também participei de um workshop de Dança Havaiana em Rio Grande (acho que por volta de 2008/2009, não lembro exatamente), muito bom, por sinal e tenho estudado vários tipos de fusões, muita coisa para amadurecer ainda, como street e hip hop, alguma coisa de yogadança cigana, enfim, estilos diferentes conforme vão surgindo as oportunidades, mas a maioria advinda de dvds didáticos.

Está nos meus planos fazer (novamente) ballet contemporâneo e entrar na Licenciatura em Dança na UFPel. Mas ainda estou me organizando internamente para isso.
Fonte: texto enviado por Morgan Mahira para o Blog

Fotos: arquivo pessoal de Morgan Mahira no Facebook

sábado, 16 de abril de 2016

Pilares do Sul - Karine Neves (Linha de Trabalho)

Pesquisa sobre o Tribal no RS | Conte sua trajetória dentro do Tribal.
Trajetória - Inspirações - Cursos - Cenário - Linha de Trabalho - Definição
Respostas enviadas durante o ano de 2015.

Acredito que não sigo uma linha muito definida dentro do Tribal

Acho que o que me atraiu para o Tribal foi a sua infinita possibilidade criativa, a liberdade artística que ele oferece. 

Sinto dificuldade em rotular a minha dança, pois a considero bastante híbrida e em constante mutação. 

Porém acho que muitas vezes fica nítido um caráter ritualístico ou devocional (o que talvez revele o que a dança significa na minha vida), com alguma influência da dança cigana (por influência da minha mãe, Carmem Rosca, bailarina de dança cigana). 

Como minha formação foi no ballet clássico, posso dizer que ele também faz parte da minha dança, principalmente no que diz respeito à postura e disciplina. 

Outro detalhe que vale mencionar é que, como costumo dizer, sou nordestina de coração. Amo aquele canto do país e a sua cultura. Me encantam ritmos como baiãomaracatuxote, etc. Essa admiração me levou a pesquisar bastante, e acabou também influenciando minha dança.

Fonte: texto enviado por Karine Neves para o Blog
Fotos: arquivo pessoal de Karine Neves no Facebook

terça-feira, 25 de agosto de 2015

ENTREVISTAS - ALESSANDRA TUBBS

Alessandra Tubbs entrevistada pelo Olho Vivo - Cláudio Alcântara.

Alessandra Tubbs divulga a cultura e danças ciganas na região, o objetivo da bailarina é diminuir cada vez mais a visão deturpada que algumas pessoas têm dos ciganos.

"Eu e a dança somos um único ser, é missão terrena; quando danço me liberto das amarras terrenas e fico livre para criar." 
Ela é professora de ciências e biologia. Durante as manhãs, leciona no Ceja (Centro de Educação de Jovens e Adultos). Mas é na dança que Alessandra Tubbs se transmuta. A magia dos movimentos preciosos conquista e encanta. Descendente dos ciganos Romnichals (Reino Unido), dança desde os 4 anos. Aos 20, começou a trabalhar com a dança no Rio de Janeiro e em 2007 mudou-se para Volta Redonda. Dois anos depois, iniciou os trabalhos com a dança e cultura cigana. Hoje tem um grupo (Companhia de Dança Cigana Al-Andalus), com 16 alunas/bailarinas) e é bailarina integrante do grupo de Danças Étnicas Al-dabarãn e do Grupo Tribal Bellydance Serpente do Deserto
É difícil viver da dança aqui na região? Em que está trabalhando atualmente? É complicado viver de dança no Brasil, no meu caso, se torna mais difícil, pelo fato de ensinar uma dança tão cercada de preconceitos. Leciono ciências no colégio e à noite dou aula de dança e cultura dos diversos clãs ciganos no Studio Daiane Marques. 
Como é a sua preparação (física, alimentação, cuidados estéticos) para a dança? A dança cigana requer um bom preparo físico. No meu caso, faço flamenco e tribal fusion uma vez por semana e mantenho uma alimentação saudável (não como carne, doces e frituras). 
Ainda existe preconceito com quem se dedica à arte de dançar, ou isso é coisa do passado? Não digo preconceito, mas sim uma falta de valorização, pois nós profissionais da dança gastamos com cursos, especializações, figurinos, ensaios e não temos a devida valorização, como em outras profissões. 
Geralmente onde são suas apresentações? Já se apresentou em que cidades da região? Dançou em outros estados? Países? 
Geralmente minhas apresentações de dança são em festas, eventos ou mostras de dança. Já dancei em São Paulo, em quase todo o Rio de Janeiro e Niterói. Na região, já dancei em Vassouras, Barra do Piraí, Pinheiral, Barra Mansa e Angra dos Reis. 
Você procura estar sempre se atualizando? Onde busca essas atualizações? Quais dançarinos influenciaram no seu processo criativo? Sempre estou me atualizando, pois a dança é mutável e as novas gerações reinventam a dança. Minhas especializações são, na maioria das vezes, com ciganas de vários clãs ou centros onde trabalham a cultura cigana, como o Centro de Danças Étnicas Al-Dabarãn e o Leshjae. Tenho algumas bailarinas no Brasil que admiro e com quem já estudei e trabalhei, como Anne Kellen (dança cigana russa), Wlavira TurczineK (dança cigana), Clara Sussekind - que ainda reside na Turquia (dança cigana turca), Safira - São Paulo (dança cigana banjari, kalbelia e romena). Também admiro o trabalho da bailarina Simona Jovic - República Tcheca. 
Em sua trajetória, quais os trabalhos você destaca, aqueles que foram mais gratificantes e prazerosos? Todos os trabalhos são prazerosos, a dança é o alimento da minha alma, mas destaco o trabalho que faço nas praças de Volta Redonda e no Zoológico Municipal, dar aula de dança cigana ao ar livre gratuitamente para a população que não conhece a cultura é muito gratificante.
Gostou da participação na "Quinta Cult"? Acha uma boa ideia as boates abrirem espaço para os dançarinos em suas festas semanais, como fazem com os cantores e bandas? Adorei, amei dançar na "Quinta Cult"! É uma excelente ideia, valoriza os artistas da região, dando oportunidade para a divulgação de seus trabalhos. 
A dança cigana tem uma função que vai além da artística em sua vida?  Eu e a dança somos um único ser, é missão terrena! Quando danço me liberto das amarras terrenas e fico livre para criar. A cultura cigana está em meu sangue, dançando eu honro meus ancestrais. 
Projetos. O que vem por aí? Sim tenho alguns projetos, que, por enquanto, não posso falar. O que posso adiantar é que todos envolvem uma melhor divulgação da cultura e danças ciganas, e com isso diminuir cada vez mais a visão deturpada que as pessoas têm em relação aos ciganos. 
Alessandra Tubbs - Contatos profissionais: (24) 9-9232-7623, blogFacebook, e-mail:(companhiaalandalus@gmail.com). Aulas: Studio Daiane Marques, Rua 558, nº 70, sala 105, Aterrado (prédio em cima do restaurante Spoleto).

FONTE: 

sábado, 27 de junho de 2015

DOCUMENTÁRIO - CARMEM AMAYA

Bailado único de Carmen Amaya, em sua tenra idade, e como Ela mesmo dizia a todos: "Aprendi a Dançar Observando o Bailado das Ondas do Mar"...


Texto e pesquisa de Sayonara Linhares, publicado com sua permissão.

Facebook - Fanpage - Casa Z



sexta-feira, 26 de junho de 2015

FLAMENCO - CARMEN AMAYA

Carmen Amaya nasceu em Barcelona em 1913 e morreu em 19 de novembro de 1963. 

Ela era uma dançarina cigana que se tornaria uma das mais destacadas "bailaoras" (dançarinos de flamenco do sexo feminino) do século XX; ela também era uma das mais imitadas.

Seu estilo masculino difícil de dança, foi muitas vezes copiado, mas muitos acreditam que ela era inimitável e até hoje nunca houve uma dançarina para combinar com seu estilo feroz de dança. 

Seu rápido trabalho de pé tornou-se seu traço e diz-se que em várias ocasiões ela realmente colocou seu pé através do estágio durante a execução. 

Ela será lembrada como a dançarina, que usava o Traje corto, um traje apropriado apertado, que foi apenas normalmente sido usado por homens; seu estilo de dança estava longe de ser feminina.

Carmen Amaya criou um estilo muito pessoal de dança, que era tão individual e isso junto com sua imagem viril, e pernas de aço, tornou-se sua marca registrada. Ela revolucionou a dança flamenca feminina, e quebrou muitas das regras e tradições do antigo estilo de dança, e por causa disto, havia aqueles que criticaram seu estilo não-conformista.

Ela foi acusada principalmente de desfeminizante da dança flamenco feminina, que, até então concentrada mais no braço e os movimentos do tronco superior.

Mas a dança de Carmen passou por duas fases, e mais tarde em sua carreira, ela deixou muito de sua imagem viril, concentrada no estilo mais feminino.

Carmen Amaya dançou com a facilidade de fluxo de uma serpente, torcendo e arqueando seu corpo quando ela se virava com tal velocidade e perfeição, impulsionada pelo o que parecia ser um instinto quase animal. 

Ela foi descrita uma "Alma, alma pura", pelo jornal Mirador, em 1929, e sua lenda cresceu cada vez mais, onde quer que ela fosse.

Carmen Amaya nasceu no gypsy "barrio" (bairro) de Somorrostro e com a idade de quatro anos, começou a dançar em tavernas e bares.

Ela nasceu em uma longa linhagem de artistas de flamenco cigano, seu avô era um dançarino, Juan Amaya Jiménez, seu pai, El Chino foi um guitarrista e sua tia, La Faraona, outra dançarina de flamenco do distrito igualmente cigano de El Sacromonte em Granada. 

Foi com La Faraona que Carmen foi pela primeira vez a Paris e, mesmo com a idade de apenas dez anos, ela demonstrou que ela estava indo para mudar a tradição da dança flamenca.

Tornou-se conhecida como "La Capitana" (a capitã) e passou a dançar ao lado de lendas como Manuel Torre e La Niña de los Peines, excursionando Espanha em 1929 com Manuel Vallejo, vencedor da segunda chave de Ouro de flamenco.


No início da guerra civil, Carmen e sua grande família, foram para Portugal, onde foram dançaram por uma temporada. Pouco depois, chegaram em seu país vizinho, sem dinheiro e angustiados, se dirigiram para a América do Sul, se estabelecendo na Argentina, onde ela passou muitos anos vivendo em Buenos Aires.

Formou ali, sua própria trupe flamenco, formada principalmente por membros da família, que fez várias turnês se deslocam de cidade em cidade, como um enxame de insetos, conquistando a todos com sua beleza cigana e sua presença mágica. Ela se apresentou no Uruguai, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba e Venezuela.


Em toda a América Latina, Amaya fascinava o público com sua magia incrível e caráter contagiante e era tratada como uma rainha cigana onde quer que fosse.

Na verdade, se tornou um ícone para milhares de imitadores, que vestiam a roupa estilo masculino e tentavam copiar seus movimentos não ortodoxos e imagem viril.

Mas não foi apenas a dança que fez Carmen Amaya tão grande, mas também sua inteligência cigana afiada e personalidade, algo que só ela poderia fazer com sucesso, e isso ela fez, capturando os corações de todos que a viam.

Dizwm ter gasto dinheiro tão rápido quanto ela ganhou, supostamente não tendo nenhum interesse em coisas materiais, ela esbanjou amigos e familiares com presentes caros. Mas os muitos meses na estrada foram seu pedágio, e as brigas de família e dissidências a obrigaram a desmantelar sua trupe e voar para Cidade do México.


Foi lá que ela encontra o guitarrista Sabiacas, que tinha sido exilado no México desde o início da guerra civil na Espanha. Passou muitos anos dançando com Sabiacas, um homem com quem ela também havia se ligado amorosamente, embora isso seja algo que ela refira-se como apenas uma amizade profissional.

Em 1941, Carmen e Sabiacas foram para Nova York, onde ela continuava a ganhar hordas de fãs, incluindo o presidente Theodore Roosevelt que a convidou para tocar em uma festa na Casa Branca.

Depois de sua separação de Sabiacas ela casou-se com Juan Antonio Agüero, um guitarrista de Santander, que limpou seus problemas financeiros e familiares, e assumiu as rédeas de sua carreira para o resto de sua vida.

Carmen Amaya passou um tempo considerável em Hollywood aparecendo em muitos filmes que fazem dela uma artista de renome mundial.

Seu último filme foi La Historia de los Tarantos em que ela apareceu ao lado de outra lenda da dança flamenca, Antonio Gades.

Apesar de Carmen de filmar Los Tarantos, nunca viu o resultado final, tinha contraído uma doença renal que a impedia de dançar e após uma curta doença que ela morreu em sua casa em Bagur, Barcelona.

Carmen Amaya foi postumamente condecorada com a Medalha de Mérito Turístico de Barcelona e foi nomeada Hija Predilicto de Bagur, (filha favorita de Bagur). 

Ela também foi homenageada em Barcelona com um monumento que foi erguido no Parque Montuic, e uma fonte, que foi nomeado após ela no distrito de Somorrostro. Ela também foi lembrado em Buenos Aires, onde uma rua foi nomeado após ela.

Poucas personalidades do mundo do flamenco foram tão amplamente lamentada e assim muita falta, como tem Carmen Amaya.


Texto e pesquisa de Sayonara Linhares, publicado com sua permissão.




segunda-feira, 8 de junho de 2015

DANÇA CIGANA - GESTOS

No texto de Luciana do Rocio Mallon, sobre os gestos da dança flamenca que estão incorporados na Dança Cigana: Segredos Sobrenaturais da Dança Flamenca.

“O dicionário define flamenco como: dança cigana praticada, tradicionalmente, na Espanha, mas, sabemos que dança flamenca vai muito mais além do que esta simples definição.

Origens da Dança Flamenca: Um povo nômade saiu da Índia , passou por algumas regiões árabes e depois visitou a Europa . Estes nômades foram batizados de ciganos e eles absorveram a dança de cada região por onde passaram e desta mistura nasceu a dança Flamenca .

Significados de Alguns Gestos da Dança Flamenca: 

Movimentos Com os Braços 

Movimentos Circulares Com os Braços: Os movimentos suaves e circulares com os braços fazem nos lembrar das danças das deusas indianas, que com seus gestos ritmados com estes membros, davam a impressão de que tinham vários braços. Para estes povos os movimentos circulares dos braços significam: 

  • a feminilidade; 
  • a Busca dos elementais do ar; 
  • a força feminina que agradece os benefícios do ar; 
  • gratidão pelo oxigênio que respiramos; 
  • ritual de purificação de nossa aura e diálogo místico com outra dimensão.

- Braços Que Apontam Para o Céu e Para a Terra: Este movimento tem uma razão significativa, quer dizer que: a mesma força que está em cima, também permanece embaixo. É como diz o famoso mago Hermes Trimegisto: “a força que move em cima, também move embaixo”. 

Este gesto da dança Flamenca afirma que há uma energia superior celestial que comanda tudo que está na parte inferior. É um pedido de oração para as forças superiores. 

Mãos Que Se Abrem e Se Fecham: Significam a troca de energia entre o ar e o corpo da bailarina. Porque segundo a tradição dos ciganos, a mulher precisa absorver a energia do ar para se inspirar em seus trabalhos manuais.

Sapateado - Para o Flamenco sapatear é muito mais do que fazer ruídos com o calçado acompanhando o ritmo da musical. Sapatear é invocar os espíritos dos antepassados contra o preconceito e o desprezo, pois diante de uma injustiça é necessário bater os pés no chão exigindo os seus direitos perante a sociedade. Afinal, os ciganos foram um povo perseguido tanto por religiões, quanto por interesses políticos. Na Idade Média, vários ciganos morreram na fogueira, acusados injustamente de bruxaria. 







Bater Palmas: Bater palmas é um ato para saudar as alegrias da vida e chamar os espíritos dos antepassados, sempre com o ritmo da música.

Dobrar os Joelhos no Ar: É sinal de respeito com os elementais do ar e da terra através da graciosidade. Quando se dobra o joelho de uma perna no ar e esta perna volta para o chão, significa a ligação dos elementais do ar com os elementais da terra.”


Gestual – Dança Cigana

A dança cigana é altamente contagiosa. A alegria, a exuberância das cores, os gestos que trazem o feminino à tona. A sensualidade e o prazer de se entregar a um ritmo que une coração, alma e misticismo.

“Com a cabeça levantada demonstra o poder de sua raça, o bater dos pés na terra clama a força desse elemento para bailar, as mãos para o alto pedem licença para exaltar a natureza, com a força feminina entrega-se ao ritual da dança e banha de beleza e mistério o espetáculo cigano. O barulho das moedas e pedras também tocam música no ritmo do rodopiar da cigana, as palmas e ralhos envolvem e alimentam a força da cigana, que na sua oração saúda os presentes na comunhão do sagrado e da alegria.” de Sumaya Sarran.

“O ar, o fogo, a terra, a água, o éter (5º elemento para o povo cigano) e por fim, nós mesmos, como parte importante em toda essa energia!”

O convite a bailar fica irresistível. Descobrimos que o corpo conhece os mistérios dessa linda dança antiga, que une médiuns aos amigos espirituais da linha cigana.

“A dança cigana é uma dança solta, da alma. Dizem os antigos, que os ciganos dançam para atingir o êxtase do fluido energético que os levam de encontro com a verdadeira essência da Deusa ou do Deus interior e superior.

“Por isso, dificilmente, os ciganos fazem coreografias; dançam soltos e livres, colocando em cada movimento suas emoções.”

 Autor desconhecido

sexta-feira, 5 de junho de 2015

DANÇA CIGANA - Acessórios na Dança

Características

Aquele que se propõe a estudar a dança cigana, segue os passos do coração e entra em perfeita harmonia com a energia cigana.

Devemos ressaltar que existem técnicas, que devemos nos empenhar e não deixar tudo a cargo do acaso ou da energia pessoal e individual, pois nós estamos ali para aprender.

Por ser a dança cigana mágica, reflete a alegria de um povo, que trás consigo o mistério através dos passos e dos movimentos que saúdam, invocam e fazem fluir a mais bela e elevada vibração energética.



A Dança Cigana não só faz bem ao corpo, mas também a alma. Formada por vários ritmos e coreografias diferentes, cada qual com seu significado, num composto de leveza, alegria e sentimentos. 

Cada movimento conta a história dos ciganos e possuem sempre um significado místico e energético.

Os movimentos da Dança Cigana podem expressar sensualidade, amor, raiva, alegria, ou tristeza com a graça de uma dança bonita, atrativa e muito exótica.

Além do mais, eleva a auto-estima da dançarina, a faz redescobrir a sensualidade e reencontrar o seu lado feminino.

Seus ritmos envolvem gêneros musicais e coreografias de outros países que são o merengue, a salsa, a rumba, o flamenco, ritmos folclóricos da Itália, de Espanha, Húngaros, Russos, do Oriente Médio e Egito. Não se sabe ao certo a sua origem, podendo-se dizer assim, que é uma dança mundial, devido ao seu ecletismo nos ritmos e movimentos.
Cada coreografia tem seu significado mágico e cultural em que são usados alguns instrumentos para essa representação, por exemplo:

- Dança do leque: Dança do elemento ar que representa o amor, a sensualidade e a limpeza, representa sedução, romantismo e poder.

O leque passeia há séculos nas mãos das mulheres, mas seu uso prático pouco tem a ver com os aspectos valorizados pela cigana ao dançar. Da maneira que se abre pode representar as fases da lua e da mulher, seus reais desejos ou apenas o que quiser demonstrar; é um poderoso instrumento de limpeza energética, magia para a cura e sedução. Sendo assim, está constantemente nas mãos espertas de uma cigana, atraindo a atenção para seu mistério e poder. O leque é mais característico nas danças “kalóns”, mas pelo seu encanto as mulheres que gostam, usam-no sempre que podem na sua dança.

- Dança da rosa: Elemento terra. Representa o amor, a beleza, a conquista, sedução e a sensualidade. A rosa é a beleza interior e a beleza exterior.

A rosa vermelha na boca que os ciganos costumam levar em suas danças – presa entre os dentes – levam para presentear a mulher que está envolvida na dança. As alianças para os ciganos são simbolizadas por duas rosas vermelhas, em seus casamentos.

- Dança das fitas coloridas: Elemento água representa as lágrimas de alegria e tristeza derrubadas pelo povo Cigano. Não lamento, mas também a comemoração. Representa a limpeza, alegria e infantilidade.

Dançar com fitas é quase uma brincadeira de criança, alegra qualquer tipo de ambiente, festeja os nascimentos e casamentos, os movimentos das fitas rodopiantes manifestam o ritmo da vida e a alegria de fazer parte dela. As fitas são mais utilizadas nos ritmos “rons”, porém conforme o que se quer passar a dança se adéqua a qualquer ritmo alegre.

- Dança do véu: representa o elemento ar e expressa a leveza do corpo e a sensualidade.

- Dança das tochas: Mostra a fúria e o poder do fogo através das tochas acesas que reverenciam este elemento. Representa a purificação e a limpeza pelo fogo. Neste caso específico, pode também ser utilizado um candelabro pela dançarina.

- Dança do pandeiro: Dança dos quatro elementos, denota a alegria e sugere uma festa. Serve também para purificar o ambiente.

O pandeiro traz a alegria do sol, saudando-o com inúmeras fitas coloridas, representando seus raios protetores e vivos. Como todo instrumento que faz barulho, ele tem como função expulsar os maus espíritos ou energias negativas, abrindo caminho para o povo festejar. Sua mensagem é mover, transformar o que está parado em ritmo, revigorar o nosso corpo com a alegria e o calor da dança, assim como o sol faz conosco. O uso das fitas, pode ter nascido como um calendário para marcar eventos importantes e a idade; para saudar a chegada da primavera; para representar através das cores das fitas pedidos ou bênçãos. É mais utilizado nas danças do grupo Rom, acompanhando violinos e outras percussões, é preciso habilidade e conhecimento dos ritmos utilizados.

- Dança dos sete véus: Para os ciganos essa dança representa uma despedida de solteiro. E os véus coloridos representam as sete cores do arco-íris, simbolizando o amor e a sensualidade. As cores dos véus representam os quatro elementos.

- Dança do punhal: Elementos ar e terra. Significa lutas, disputas, fúria e pode simbolizar a limpeza do ambiente e do corpo. Representa o corte, a força e a limpeza.

- Dança dos quatro elementos: Feita com representações dos quatro elementos como: Vela, incenso, jarro d’água e sal. Significa magia e limpeza do ambiente. Normalmente é dançada contando com 04 dançarinas. As vestes lembram os nômades do deserto.

- Dança da Espada: Elemento ar e terra. Representa luta, guerreira, batalhadora. Usa-se movimentos semelhantes aos movimentos do punhal.

- Dança com echarpe ou lenço: Representa união, casamento e amor. O lenço também é utilizado para a prova da virgindade.

O lenço é encantador seguro delicadamente nos dedos da cigana, envolvendo-a de mistério e aos poucos revelando sua beleza e poder. Ao dançar com o lenço, seus desejos, sentimentos e sonhos são movidos pelo deslizar do lenço pelo ar, no transe da música, livre como o vento e infinito como o céu. O lenço também transforma e limpa o ambiente, pode representar pedidos ou coisas da vida que queremos mudar ao dançar. É uma das danças ciganas femininas mais belas, por isso pode ser encontrada de várias formas nas danças de todos os grupos ciganos. Também neste caso podem ser utilizados lenços decorados com moedas douradas ou fitilhos, dando um ar de prosperidade aos movimentos executados.

- Dança do xale: representa o mistério e a magia do elemento fogo. Dançar com o xale representa agradecer todas as dádivas ao criador, a sua força, o poder de ser mãe, o poder de seduzir o seu amor e também proteção e família. É usar toda poesia, força e magia. Nunca deixe outra pessoa pegar o xale, não derrubar, pois ele é a sua essência feminina. Enfim, dançar com o xale é agradecer, exibir e proteger suas estrelas.


Autor desconhecido

sábado, 23 de maio de 2015

FILME COMPLETO - LATCHO DROM



Latcho Drom - Filme de 1993
  1. Latcho Drom é um documentário francês de 1993, escrito e dirigido por Tony Gatlif. O filme, conduzido principalmente pela música, fala sobre a jornada dos Ciganos do noroeste da India até a Espanha. Wikipédia
  2. Data de lançamento6 de junho de 1993 (França)
  3. Duração1h 43m


Filme muito interessante que mostra a migração do povo cigano e sua influência em vários estilos de dança, entre elas, a dança oriental árabe.

Latcho Drom (viagem segura) é um documentário francês de 1993, dirigido e escrito por Tony Gatlif. O filme é sobre a jornada dos povos Romani, do noroeste da Índia até a Espanha, consistindo principalmente de música. O filme, exibido na seção "Un Certain Regard" no Festival de Cannes de 1993, descreve as migrações, canções e danças dos grupos Romani da Índia, Egito, Turquia, Romênia, Hungria, Eslováquia, França e Espanha. Algumas passagens são encenadas, porém não há diálogo nem narração.

O filme ilustra a variedade de condições em que vive o povo cigano, nômades nos desertos quentes da Ásia, ferreiros pobres e moradores de árvores nas planícies congeladas da Europa Oriental, artesãos e comerciantes na região costeira e colinas da África do Norte e Europa Ocidental. Ele também ilustra as semelhanças nos hábitos de viagem, nas melodias e temas musicais.

A jornada se passa ao longo de um ano, iniciando pelo verão, passando pelo outono e inverno e terminando na primavera. Gatlif mantém sua câmera no essencial e elementar da vida: água, a roda, fogo, animais de carga e de sustento, roupas coloridas, joias, instrumentos musicais, música e dança. Por toda parte, através de música e dança, jovens e velhos celebram, encarnam e ensinam os valores culturais da família, da viagem, do amor, da separação e da perseguição.

O filme inclui músicas do grupo romani, Taraf de HaïdouksTchavolo e Dorado Schmitt, entre outros, originários da Romênia.

Tony Gatlif (nascido como Michel Dahmani em 10 de setembro de 1948 em Argel, Argélia) é um diretor de cinema francês de etnia romani que também trabalha como roteirista, compositor, ator e produtor.